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sábado, 30 de outubro de 2010

We are the sex bob-omb!!! One, two, three, four!!!!



English:



Scott Pilgrim Contra o Mundo (Scott Pilgrim VS the World, 2010, EUA)



Direção: Edgar Wright

Estrelando: Michael Cera, Alison Pill, Mark Webber, Johnny Simmons, Ellen Wong, Kieran Culkin, Anna Kendrick, Aubrey Plaza, Mary Elizabeth Winstead, Satya Bhabha, Chris Evans, Brie Larson, Mae Whitman, Brandon Routh, Jason Schwartzman, Keita Saitou, Shota Saito

Sabem qual a diferença entre um filme baseado nos quadrinhos do Homem-Aranha e Batman do que um filme baseados em uma única graphic novel (Watcman por exemplo)? O tratamento do material. Enquanto para os filmes de heróis com mais de meio século de vida, o longa é apenas mais uma versão da história, dando liberdades para os roteristas, os filmes baseados em Novel tem o desafio de adaptar e manter os elementos que fizeram da fonte um sucesso. Dai os escritores e diretores tem duas escolhas, ou tratam o livro como um código sagrado, se desviando o mínimo possível, como Zack Snyder em Watchman (exceto, é claro, pelo final) ou partem para a sua própria interpretação do material, como Edgar Wright corajosamente fez em Scott Pilgrim Contra o Mundo.

Scott Pilgrim, criado pelo quadrinista indie canadense Brian Lee O'Malley, pode ser considerado a graphic novel independente mais bem sucedida da década. A história foca-se no jovem de 23 anos, Scott Pilgrim, e a sua vidinha de tocar em uma banda meia bomba (er, vejam o filme, vão sacar a piada) enquanto vadia e dorme até tarde. Ele tem uma namoradinha chinesa de mentirinha e não tem qualquer preocupação. É quando conhece a misteriosa Ramona Flowers, uma entregadora americana ninja. Eventualmente Scott e Ramona engatam um namoro e é ai que as coisas ficam interessantes. Aparentemente Scott tem que enfrentar e derrotar 7 ex-namorados malignos se ele quer ficar com a beldade de cabelos coloridos. E como isso é feito? Como se Scott vivesse em um videogame.

Eu preciso estressar como isso é genial. Scott Pilgrim é a obra para aqueles que cresceram jogando Mario, Sonic e todos os clássicos da geração 8-bits (quando não existia memory cards… seus viadinhos). E sim, eu sou um produto dessa geração, e eu adoro os livros, não tem como. Scott, bem como todos em seu universo, tem poderes, ganham power-ups e usam warp doors (joguem Mario Bros, vão entender), e Scott, em especial, tem 7 boss-battles para conquistar o seu objetivo, que é a princ… er, Ramona Flowers. Então, se você passou a infância anotando passwords e soprando cartuchos, vai gostar de Scott Pilgrim.

Mas voltando ao filme. Como eu disse, o diretor teve que adaptar uma série de livros com mais de 1000 páginas no total, em um longa metragem de 2 horas. Tarefa difícil, mas Edgar Wright não é qualquer diretor, e sim o homem que fez duas das melhores paródias dos últimos anos (senão da década): Todo Mundo Quase Morto (Shaun of the Dead) e Chumbo Grosso (Hot Fuss), e conseguiu, em boa parte do filme, recriar a Toronto de Scott Pilgrim, mas ainda assim sofreu com a compressão do material.

Estrelando temos Michael Cera, famoso por interpretar adolescentes introvertidos (Super Bad), ele não acerta bem a marca de Pilgrim, mas ainda assim é competente o bastante comandar a ação frenética do filme. Mary Elizabeth Winstead dá um banho na pele da misteriosa Ramona, provando que está no caminho para se tornar uma atriz do primeiro time, e sai do longa com uma bela reputação. O resto do elenco de apoio fazem um trabalho exemplar a ponto que a principal falha do filme é não ter espaço para eles. Uma pena, pois os personagens secundários da série são fenomenais (Kim Pine, eu te amo!!).

Mesmo que os atores sejam bons, e pareçam que saíram diretamente das páginas de O'Malley, ainda temos o problema da conversão, lembram? E como Wright resolveu isso? com caos, uma deliciosa confusão entre as lutas contra os Ex-namorados malignos cheia de efeitos, espadas flamejantes e onomatopéias, resultando em uma luta final extraordinária. E o melhor de tudo, a relação de Scott e Ramona não foi esquecida, os dois tiveram que entrar em termos com seus problemas e infantilidade, para cresceram, se desenvolveram até chegar no estagio final.
Scott Pilgrim, com toda a música indie e referências a videogames ( como efeitos sonoros importados diretamente deles), tem mais a dizer sobre romance e relacionamentos que a maioria das comédias românticas que infestam a indústria cinematográfica (ugh…).

Mas como dito antes, Scott Pilgrim Contra o Mundo não sai ileso. É louvável o trabalho do diretor, mas não dá para disfarçar que o segundo terço do filme é uma correria afobada, prejudicando o encerramento, personagens importantes para a história ganham muito pouco tempo de cena (como a ex-namorada de Scott), e não ganham a profundidade que o enredo pede, tornando o filme instável em qualidade.

Em um mundo ideal, a saga do canadense de 23 anos mais famoso do mundo deveria ser contada em pelo menos dois filmes…. Mas em um mundo ideal Scott Pilgrim deveria ter uma bilheteria muito maior que teve, muito maior que a porcaria do "Os Mercenários"

Mas sim, sim, sim!!! Scott Pilgrim é um filmão, seja você fã dos quadrinhos ou não. É uma obra inovadora na arte de fazer filmes, tanto no storytelling quando na filmagem, e no final das contas tem algo a dizer, tem significado, tem carisma, enfim, é uma obra viva, pulsante que não deixa você se distrair um minuto segure, mesmo porque se você se distrair, pode perder mais um ataque de um ex-namorado do mal!

Nota: 8,0

Quer saber mais do tira filmes e qual o filme da próxima semana, me procura no twitter

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Ah ok, Transformers Dark Of the Moon

Saiu um vídeo de preview do próximo filme da série mega-blockbuster Transformers, Trarnsformers: Dark of the Moon. Sim, como o mané do Shia LaBeouf e dirigido por Michael Bay, o babaca com ADD que não consegue manter o foco de uma câmera!!

Eis o vídeo:


Deixo aqui as minhas desculpas pela canastrice dos apresentadores....


Ok, beleza, dar porrada no filmes dos Transoformers é fácil. Qualquer mané que saiba pelo menos o que são planos e storytelling em filmes, pode fazer um tratado falando mal do Michael Bay. Mas vamos tentar ver as coisas boas...



Ok ela é gostosa... muito... pra caramba.

Rosie Huntington-Whiteley, modelo da Victoria Secret que foi descoberta por Bay enquanto ele olhava o catálogo, foi ai que ele pensou "uau, ela deve ter um talento nato para atuação"
Só pode ter sido isso, porque ela NUNCA ATUOU ANTES!!! E ela vai protagonizar a coisa!!!!

Trocar um rostinho bonito (Megan Fox, we will miss you!) por outro não é melhor!! E só isso, só essa decisão de fazer um grande filme com uma gostosa que não tem experiência já nos diz o que vamos receber desse filme, e não importa o que o Shia fala no vídeo que teremos mais "história", vamos receber uma maldita pirotecnia e caras do exército americano atirando e agitando bandeiras.

E os transformers serão coadjuvantes, denovo, pela terceira vez.

Cara, eu adoro Transformers, mas sentar por 2 horas e meia denovo para ganhar uma piada sobre testículos de robôs como foi no 2, eu não vou suportar...

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Dark Knight Rises!



Uh-hu!!! Christofer Nolan pode estar ocupado com filmes sobr sonhos e Super-homens, mas sem dúvida ele não esqueceu a origem do nosso amor por ele... Batman. É fácil amar uma pessoa que ama Batman, afinal, que não ama o Batman...

Se não perceberam, eu amo o Batman.

Bom o nome do próximo filme é Dark Knight Rises ("A ascenção do Cavaleiro da trevas" ou coisa assim)

E também deu uma dica de qual vilão NÃO aparecerá no proxímo filme, um cara que gosta disso: ?

Vejam a notícia original aqui

sábado, 23 de outubro de 2010

Osso duro de roer!!



English:



Resenha:

Tropa de Elite 2 (2010, Brasil)

Direção: José Padilha.

Estrelando: Wagner Moura ,Irandhir Santos, André Ramiro, Milhem Cortaz, André Mattos, Maria Ribeiro, Tainá Müller

Ok, antes de mais nada, quem consegue lembrar de pelo menos três bordões do Capitão Nascimento no primeiro filme "Tropa de Elite", de 2007? Não é difícil né? Afinal todo mundo citava eles, e em qualquer situação, principalmente o cara "engraçado" da sua turma, que praticamente só se comunicava através dos bordões.

Lembram? ótimo, vocês e 5 milhões de pessoas, que foram ao cinema assistir a continuação "Tropa de Elite 2: O inimigo agora é outro". Bilheteria que faz do filme o mais bem sucedido da história do cinema nacional e afirma o personagem Roberto Nascimento, interpretado por Wagner Moura, o mais próximo que temos a um herói nacional (leia-se, que o povo reconhece como).

Tropa de Elite 2 é uma seqüência que tenta com todas as forças sair da mesma fórmula do primeiro filme. Enquanto a violência e corrupção da polícia militar continuam presentes, a corporação do BOPE e os dramas pessoais do capitão dão espaço para um bicho papão, chamado o "Sistema", palavra repetida a exaustão durante as monólogos do coronel Nascimento.

No primeiro filme, "Sistema" era a palavra usada para descrever a burocracia e maracutáias dentro da polícia militar do Rio de Janeiro. Neste, "Sistema" refere-se a toda a corrupção dentro do governo do estado, polícia militar, tráfico, milícias e até grupos de extermínio. Sim, José Padilha muda o foco de "bandido bom é bandido morto" para "todo político é bandido", duas máximas que o brasileiro adota, e que são o grande atrativo do filme.

O primeiro filme exercita essa junção da ideologia de violência e tolerância zero com a "vagabundagem" com a história de uma policial com medo de morrer antes de ver o filho nascer e um jovem negro que bate de frente com a hipocrisia da classe média brasileira. O resultado final temos a representação do Batalhão de Operações Especiais como uma super polícia e um forte personagem que chega a manipular o luto por um amigo assassinato para seus fins.

Já Tropa de Elite 2 não consegue fazer o mesmo, ou melhor, não o quer. A idéia de aumentar o inimigo, e leva-lo para as esferas políticas, faz com que o longa ganhe um tom denuncista, passando a maior parte das duas horas de duração explicando como funciona o "sistema", como funciona as tramóias e esquemas, o tráfico de drogas e influência, e é claro, muitos tiros e mortes.

Enquanto Padilha excita a platéia a odiar aqueles engravatados gordos, egoístas, mesquinhos e hipócritas (vocês sabem, o político padrão brasileiro) , junto com caricaturas de apresentadores de tv em um tipo de alívio cômico fora do lugar, o diretor esquece de levar adiante o desenvolvimento dos personagens. Tropa de Elite 2 ainda é um filme, é uma história, e para levar uma história, você precisa de um personagem que ande com ela. Nascimento desta vez fica de escanteio até perto do final do filme.

Claro, existe alguns dramas pessoais, como o Nascimento buscando uma reconcilhação com seu filho, mas eles acabam ficando obscurecidos pelo "sistema" e a trama só consegue se recuperar nos 20 minutos finais. O que é uma pena, pois o filme conta com elenco mas do que capaz de apresentar atuações excelentes, sem contar que é um pecado Matias (André Ramiro) não ganhar o tempo merecido para atuar. Wagner Moura andando com o corpo pesado e voz abatida nos momentos finais, mostram que o Coronel Nascimento poderia ser muito mais do que o cara que falava bordões em 2007.

Ainda assim, o filme é facilmente um dos melhores do ano. Possui uma direção competente, boas atuações, subaproveitadas, mas boas, e embora falar mal de político é a coisa mais fácil no Brasil, os roteristas conseguem dar uma cara e forma ao "inimigo", mesmo que amontoada de clichês (como deputados que só se preocupam com eleições). Certamente um filme que tenta seguir um caminho diferente do primeiro, e acerta tanto quanto erra por essa decisão

Nota: 8,5

Para saber como vai a tirinha da próxima semana, dêem um pulo do meu twitter

Introdução

olá pessoal, bem vindos ao Tira Filmes. Este blog tem como objetivo parodiar os filmes mais recentes na boa e velha arte sequencial (quadrinhos), junto com uma resenha do filme. Por hora apenas os quadrinhos terão uma versão em inglês, já que reescrever a resenha em outro idioma levaria muito mais tempo que tenho disponível para me dedicar a este projeto.

o Tira Filmes é um projeto que comecei quando fui ilustrador do Jronal Diário Catarinense e as minhas primeiras tiras foram feitas para o blog com o mesno nome para o clic RBS.

Primariamente, vou tentar manter as atualizações no blog diáriamente com notícias sobre filmes e previews, mas novos quadrinhos e resenhas só aos sábados.

Todos estão convidados a dar suas opiniões sobre as resenhas e sugestões de filmes.

Obrigado e espero que gostem das tiras!