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sábado, 22 de janeiro de 2011

Awn focker!!



English:



Entrando numa fria maior ainda com a família (Little Fockers, EUA 2010)

Direcão: Paul Weitz

Estlelando: Robert De Niro, Ben Stiller, Teri Polo, Owen Wilson, Jessica Alba, Blythe Danner, Barbra Streisand and Dustin Hoffman.



Em 2000 uma jovem estrela invadia os cinemas do mundo todo com uma comédia familiar com a fórmula básica: o conflito genro VS sogro. As piadas eram manjadas, mas o jeito desastrado misturado com charme inocente de Ben Stiller junto com a hilaridade de assistir uma das lendas de Hollywood atuar no papel de um paranóico sogro ex-agente secreto. E apenas De Niro conseguiria entregar um personagem assim. E então surgiu "Entrando numa fria maior ainda" (Meet the parents), um filme com algumas risadas genuínas e uma história de fácil digestão. E, claro, foi um sucesso…quero dizer, o melhor que uma comédia familiar pode fazer pelo menos.

Portanto não foi uma surpresa em ver uma continuação em 2004, contando com a presença de Dustin Hoffman e Barbara Streisand para garantir uma boa publicidade para um filme com piadas recicladas, mas com uma conclusão satisfatória para a primeira história. E então veio restante da década, e a principal pergunta que eu sobre "Entrando em uma fria maior ainda com a família" (Little Fockers… e que título bem idiota esse) é a seguinte: por que esse filme existe?

Eu honestamente não consigo ver motivos para que qualquer estúdio no mundo investisse dinheiro nesse roteiro. A popularidade de Ben Stiller já está mais do que desgastada durante uma década inteira estrelando as comédias românticas mais tolas possíveis. E todo mundo já viu De Niro sendo engraçado, precisamos agora que ele volte a ser o ator brilhante que era em Taxi Driver. Já conhecemos as piadas e já sabemos o conflito e resolução do filme, então o que "Little Fockers" tem a oferecer?

Bom vamos ver a história. Jack Byrnes (De Niro) o paranóico ex-agente da CIA preocupa-se com o futuro da sua linhagem após saber que o seu outro genro se separou da sua filha. E então recai sobre os ombros de Greg Focker (Stiller) a responsabilidade de se tornar o novo patriarca do clã Byrnes. Assim começa uma rodada de situações constrangedoras e supostamente "engraçadas", geradas através da insistente vigilância de Jack e as desajeitadas tentativas de Greg em agradar o sogro. O quê basicamente é a mesma coisa que os dois filmes anteriores fizeram.

Curiosamente eles não abriram nenhum espaço para uma trama secundária, nem mesmo os filhos do casal Focker, que são os personagens titulares na versão original, mas que na verdade não possuem nenhuma cena relevante (e vamos ser honestos, os pequeninos atores estão longe de serem suportáveis). E quanto aos divertidos e liberais pais de Greg (Hoffman e Streisand) , que antagonizavam Jack no segundo filme? aparições de minutos, bem como uma participação de Harvey Keitel como…. eu não lembro. Tarantino usou Keitel por 10 minutos em Pulp Fiction e imortalizou o personagem de Winston "The Wolf" Wolfe, e com essa porcaria eu nem consigo lembrar o que o ator fez… sim o filme é tão interessante assim.

E quanto ao humor? o longa insiste em em fazer referências a outros filmes para sustentar a falta de piadas originais. Então de Poderoso Chefão àTubarão, o que não vai faltar são oportunidades para a platéia revirar os olhos em uma típica expressão "aw eu não acredito que eles fizeram isso". Também temos o bom e velho trocadilho com o sobrenome "Focker", que deixou de ser engraçado recentemente, há 10 anos atrás. Mas apenas Focker não basta, então dedicaram o nome de um outro personagem exclusivamente para isso: Andi Garcia (Alba). Sim, como em Andy Garcia! Sim o cara esteve no Poderoso Chefão!! ahahahahahaha hannnnn. Yep. Supostamente Garcia deveria ser a tentação de Greg em forma de uma latina gatíssima, mas nunca vemos qualquer tipo de mudança no personagem de Greg para nos importarmos com esse desenvolvimento, o que anula a idéia da existência de Alba nesse filme.

E temos a interação Stiller/Niro, que, admito, sempre formaram uma boa dupla, mas dessa vez nem eles conseguiram fazer uma injeção no pênis parecer engraçada. Eu ponho a culpa principalmente no enredo que se recusa a fazer qualquer outra coisa com seus dois protagonistas além do já fizeram no passado. Sem contar a extrema falta de vontade por parte de De Niro, que claramente participa nesta produção por amizade e nada mais.

O ponto positivo fica mesmo por conta do elenco. Mesmo que seus personagens e o enredo no qual eles se encontram sejam rasos, eles carregam tudo de maneira segura. Ainda que não estejam nos fazendo rir, a pobreza do scrpit sempre é mais suportável quanto demos gente como Hoffman, De Niro e até mesmo o agora veterano Stiller no comando do bagulho.

Voltamos então a questão inicial desta resenha: "Por que este filme existe ?" A resposta é simples, ele não existe, é nada. Não tem nada a dizer, não tem nada a contar. É apenas uma tentativa de entretenimento sem substância, a maior praga que existe na industria cinematográfica atualmente. Os outros dois filmes da franquia pelo menos tentavam passar uma história sobre confiança enquanto faziam piadas sobre como ordenhar um gato. Mas nesse terceiro filme, os pobres coitados que pagarão para ver isso, não terão a mesma sorte.

Nota: 4,5

E não esqueçam de dar um pulo no meu Twitter.. er, prometo atualizar aquele bagulho com mais frequência.

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