Marcadores

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

sábado, 27 de novembro de 2010

Eu vi coisas que vocês nunca acreditariam...

Não tinha nada de bom passando no cinema essa semana, então vamos com um clássico retro não?



English



Blade Runner o Caçador de Androides (Blade Runner, EUA1982)
Direção: Ridley Scott
Estrelando: Harrison Ford, Rutger Hauer, Sean Young, Daryl Hannah, Joe Turkel



Existem aqueles clássicos que influenciam toda uma geração de filmes, muitos dos quais superam a sua fonte de inspiração. E existem aqueles clássicos que são insensíveis ao tempo, que ficam lá, permanentes na história, sua qualidade e o prazer em assisti-lo não muda, pouco importando se a audiência de agora não passava de apenas uma idéia vaga na época de estréia.

Baseado no livro de Philip K. Dick, Blade Runner, de Ridley Scott, se encaixa na segunda categoria. A sua trajetória na cena cultural é bem distinta. Foi um fracasso de bilheteria, depois um oculto favorito dos cinéfilos cult e agora, com mais 25 anos de idade, atingiu o status de clássico.

Eu honestamente não sei o que eu posso resenhar ou dizer algo sobre Blade Runner que já não tenha sido dito, diabos eu já encontrei textos que traçam paralelos cena por cena com o cristianismo, análises é o que não faltam. Mas para quem não conhece, permita-me tentar vender esse filme.

O filme se passa na futurista Los Angeles em 2019 (é eu sei, eles eram bem otimistas naquela época). Semelhante aos detetives de Dashiell Hemmet, Rick Deckard (Ford) é um típico anti-herói noir com problemas com a autoridade que é forçado a uma missão como Blade Runner, sua ex-profissão.

Blade Runner é o nome dado aos policiais que tem como missão "aposentar" replicantes, andróides humanóides. Sim aposentar, não executar. Ah! a boa e velha hipocrisia humana. Replicantes são proibidos na Terra, sendo apenas usados como força escrava na exploração espacial.

O problema é que os replicantes são tão perfeitos, e na arrogância humana de criar algo a sua semelhança (como um certo cara chamado Deus), que não demorou muito para esses andróides se tocarem que não querem ser escravos, além de passar a valorizar as suas experiências, suas memórias, enfim, criaram apego pela vida. Mas eles ainda são um produto comercial, com data de validade.

Temendo essa data, quatro replicantes voltam à Terra a procura daquilo que os homens almejam desde a antiguidade: conhecer seu criador e escapar do desespero da mortalidade. Entre eles o Übermensch, Roy Batty (Hauer), e Pris, a sensual prostituta robótica (interpretada por uma jovem e elástica Daryl Hannah).

Além da caçada, Deckard tem que lidar com seus sentimentos conflitantes em relação a Rachel (Young), uma replicante vítima da mais cruel piada: ela recebeu memórias para pensar que é humana.

Com a arte conceitual de Syd Mead, Blade Runner chama primeiramente a atenção pelo futuro Neo-noir. Os designs do filme são fonte de inspiração até os dias de hoje… diabos, até um clipe das Spice Girls é baseado nos projetos de Mead. Mas a ação que rola nas ruas escuras de Los Angeles é igualmente impressionate.

Harrison Ford no ápice da sua carreira, com Han Solo e Indiana Jones no bolso, incorpora Deckard como um homem com as costas pesadas e desumanizado pela matança de Replicantes. Em contra partida Roy apresenta todas as emoções do espectro humano, principalmente quando ele conhece o seu Deus, o inventor dos replicantes Tyrell (Turkel), em uma das cenas mais impressionantes do longa. São dois personagens fáceis de se identificar, e com atuações recompensadoras.

Blade Runner não gasta uma linha de diálogo sequer e suas cenas são repletas de simbolismo, tanto que chega a levantar a grande dúvida sobre a humanidade do protagonista sem nem precisar usar uma palavra, mais uma prova que Ridley Scott tem completo domínio do seu filme.

Vejam Blade Runner não porque é um clássico, não porque é um ainfluência para a ficção científica atual, mas sim porque é um batia filme, excelente, e diversos outros adjetivos que possam imaginar. Não viu ainda? Que diabos vocês está fazendo aqui??

Nota: 10!!

sábado, 20 de novembro de 2010

Vovôs com armas... basicamente isso




English:



RED: Aposentados e Perigosos (RED, EUA 2010) Direção: Robert Schwentke Estrelando: Bruce Willis, Morgan Freeman, John Malkovich, Helen Mirren, Mary Louise Parker, Karl Urban, Richard Dreyfuss, Ernest Borgnine



A premissa do filme é a seguinte: Espiões aposentados voltam a ativa quando passam a ser caçados pelas próprias pessoas que antes serviam, ponto. É só isso que vocês precisam saber da história, ela não vai mais além disso e não faz questão alguma de tentar. Sim amigos, é mais um daqueles filmes de sentar na poltrona e desligar o cérebro.

"Senhores armados" é o típico filme para que grita "Bruce Willis", não há muito o que fazer nessa situação. Atualmente só Willis consegue dominar o papel do homem de ação no outono da sua vida, e sim, ele tira esse filme de letra. Então é RED é um filme seguro de assistir, "in Willis we trust".

Sabendo que "John McClane" cuida da ação, o que mais temos? Morgan Freeman como um James Bond na casa de repouso, John Malkovich como Martin Riggs (Máquina Mortífera, quando Mel Gibson ainda era considerado seguro para sair na rua) mais grisalho e insano, e Helen Mirren, a "Rainha da Inglaterra", que rouba o filme no melhor estilo femme-fatale.

Como podem ver, o filme está em boas mãos. Embora o diretor Schwentke não tenha nenhum grande sucesso no bolso, ele conta com um time vencedor. Vamos combinar, qualquer ator que passou do seus tempos de rostinho bonito e corpo sarado e ainda consegue arranjar trabalho, é porque provou o seu talento. Então foi só seguir o padrão e deixar os medalhões fazerem o trabalho.

No lado dos não velhinhos, temos Mary Louise Parker, como interesse romântico de Paul Moses (Willis) e Karl Urban no papel de um jovem e obstinado agente da CIA. Nenhum dos dois ganham cenas como Wilis saindo casualmente de um carro em movimento enquanto descarrega uma pistola, ou Mirren que maneja uma metralhadora anti-aérea vestida para uma festa de gala, mas cumprem seu papel de apoio de acordo, ou seja, eles deixam as pessoas que passaram dos 50 serem os caras mais f&$#s do mundo, afinal, a graça de RED está nisso.

E falando em graça, o longa metragem deriva bastante do material original, os quadrinhos de 2003 da DC comics, e pega muito mais leve nos assassinatos tiroteios e investe na comédia. Desde a animação que apresenta as diferentes localidades pela qual a história atravessa, até Malkovich, que cada segundo com a câmera focada nele é a garantia de um segundo divertido.

Divertido e… só. Eu não tenho muito o que falar mal desse filme, mas também não tenho muito o que elogiar. É como falar que tomar um sorvete é gostoso. Eu já sabia o sabor do "sorvete" e já sabia que eu ia gostar, mas ele não é mais nada além disso. Jogar no "seguro" é muito bom para uma sessão pipoca, mas com um elenco desses, não dá para passar o filme esperando por mais, e acho que esse é o grande defeito da coisa, a sensação de uma oportunidade perdida é aquela que fica quando começam a rolar os créditos.

Enfim, como disse antes, é um daqueles filmes de sentar e desligar o cérebro, um aquecimento para os grandes blockbusters do Natal. Apenas apreciem ao ver esses senhores de idade chutando bundas. Sim, é tão divertido quanto parece.

Nota: 6,5

Para saber qual o filme da próxima semana e outras notícias do tira filmes, siga-me no twitter

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

E mais um herói verde.

Seguido diretamente do primeiro trailer do Lanterna Verde, a Columbia nos lembra que logo em janeiro teremos um filme de um outro super herói que também gosta de vestir verde.

De quem estou falando? do Besouro Verde (Green Hornet) obviamente! (é eu sei, Hornet não é bem besouro em inglês, mas não fui eu que traduzi o bagulho!)



Para quem não conhece, e o trailer realmente não faz muita questão de "lembrar" quem é o Besouro Verde, eis uma recapitulação: o herói é um pouco mais velho do que daqueles que usam colante e estamos acostumados a ver nas telonas. Nascido da era dourada do rádio nos anos 30, esse típico herói "pulp" é um magnata dono de um jornal (atualizado para mídia em massa hoje) que se disfarça de vilão "Besouro verde" para lutar contra o crime organizado, junto com seu parceiro asiático (logo mestre nas artes marciais, obviamente) Kato. Nos anos 60 foi um seriado de sucesso e no papel de Kato estava o ainda desconhecido Bruce Lee.

Na versão 2011 temos Seth Rogen no papel do vigilante de verde. Sim, Seth Rogen, o gordinho barbudo que fazia comédias sobre como ele pegava mulher muuuuuuuuuiiiiiiiittttoooo além da sua liga. Um regime a toda e ele está lá, chutando bundas. Pois é... No papel de Kato está Jay Chou.

Ok, eu preciso dedicar um parágrafo ao Chou. No ocidente o cara ainda é um desconhecido, mas o homem na verdade é uma "canivete suiço" do entreterimento (ok, a piada é do filme, me processem). Ele atua, dirige, canta, compõe musicas, é premiado em tudo que é coisa e ainda escreve livros. E ele tem 31 anos. O cara é quase uma lenda no ocidente e espero que esse filme seja bom o bastante para não deixar nenhuma marca ruim na sua reputação.


E também resolve problemas de álgebra enquanto dorme.... ugh, essa foi mal...

Para finalizar, eu gostaria só de apontar uma coisa. A febre de "Tony Stark" parece ter afetado todos os filmes do gênero de super heróis. Obviamente se você tem um filme com o Seth Rogen como protagonista é por que você vai querer fazer a platéia rir, é para isso que o cara serve. O problema é que o Besouro Verde nunca foi engraçado, suas aventuras eram sobre um vigilante a lá detevive que saia em seu carro negro procurando problemas. Agora o que poderia ser um filme tentando resgatar os heróis pulps dos anos 30 e 40, vamos ter mais um espertalhão que tem um timming de comédia. Não é necessáriamente ruim, mas é bem Maria vai com as outras... affsss....

Mas se vocês não sabem que é o Besouro Verde, com certeza esse trompete vocês conhecem:

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Beware of my power... Green Lantern's Light!!!


Eu sei, eu sei, vocês já devem ter visto o trailer do Lanterna Verde em algum outro lugar... então eu ofeceço um desenhozinho rapidinho, hmkay?

E quem AINDA não viu o trailer, ei-lo:




Agora meus dois centavos no bagulho. Ryan Reynolds é um ator carismático e sem dúvida vai conduzir o filme muito bem, obrigado. Ele sabe o que o público do filme gosta e vai entregar, não tenham dúvida. A reclamação que pode vir dos fãs mais antigos e ardorosos do Lanterna Verde é que Hal Jordan não é essa persona brincalhona e adoravelmente irresponsável que Reynolds está interpretando no trailer (papel que ele tira de letra...).

Esse tipo de herói que consegue fazer piadinhas no calor da batalha é mais relacionado ao Homem-Aranha (não os do filmes) e Homem-de-Ferro de Downey JR. E aparentemente a Warner quer um pouco da populariedade de Tony Stark para Hal Jordan.

Particularmente, sem objeções aqui. Mas fico me perguntando, o que mais eles devem ter mudado para encaixar-se na nova onda popular de super-heróis? Pelo que eu vi no vídeo, todos os elementos aparentemente estão lá, Carol Ferris, o planeta dos Lanternas, Sinestro, etc etc etc. Vamos ver como eles vão se comportar então. Mas isso vai importar? Até recentemente o Lanterna Verde não era exatamente o herói mais popular nos quadrinhos, até a saga "Blackest Night" que reintroduziu o personagem de Jordam, então mexer lá e acolá na sua história não deve ser um grande empecilho.

Blake Lively, atriz de TV em seu primeiro grande papel no cinema, como Carol Ferris. As poucas linhas de diálogo oferecida por ela me deram a impressão de uma atuação medíocres. Não, eu nunca vi Gossip Girl, e sim, é muito cedo para julgar esse tipo de coisa. Ainda assim, não foi a melhor das primeiras impressões.

Mas tirando isso, expectativas excelentes aqui. Sim, o Lanterna Verde não tem a presunção de ser um filme do mesmo calibre de Dark Knight, um filme profundo sobre um cara que se veste de roedor gigante porque sente falta da mamãe, mas parte para a simples e incrível diversão de um cara que usa poderes fantásticos e viaja pelo cosmos conhecendo (e lutando contra) diversos alienígenas.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A crise existencial de Ben Stiller




Recentemente a Paramount liberou a continuação, prometida por Stiller, de Zoolander. A notícia pode ser vista aqui.

Quem não lembra de Zoolander, e não culpo, afinal é um filme bem fácil de esquecer, é um filme escrito, dirigido e protagonizado por Stiller e uma das primeiras parceirias Ben Stiller/ Owen Wilson, que rendeu diversos filmes nos anos seguintes (e poucos realmente bons...). O longa era uma sátira sobre o mundo dos modelos masculinos e aparentemente a sua incrível estupidez.

Admito que era bem engraçado, e lembro de ter dado algumas risadas. Mas não consigo lembrar de nada relevante o bastante do filme para fazer alguém esperar por uma sequência. Nem os fãs mais ardorosos de Stiller pediram por esse filme, que absolutamente não tem mais nada a oferecer!!! A história era rasa feito um píres e os personagens mais unidimensionais o possível. O quê eles podem oferecer nesse filme além de... sei lá, David Bowie denovo?
Então por que essa insitência? eles já não aprenderam que isso não funciona??? (Uma note no museu 2 manda um alô). Isso vai além daquele clichê da ganância da industria cinematográfica, que não está mais interessada em fazer arte, mas dinheiro, e blábláblá. É preguiça, pura e simplesmente. Ben Stiller atuou no mesmo papel praticamente a década inteira!!! sim, ele fez filmes interessantes também, mas na maior parte do tempo ele era o cara desajeitado e engraçado que passava por situações complicadas para ficar com o seu verdadeiro amor. Dava vontade de pegar uma arma e aliviar o pobre infeliz da sua miséria.


Em 2001 Zoolander era um filme de Ben Stiller. Em 2012, Zoolander vei ser MAIS UM filme do Ben Stiller. O que é um insulto em algumas culturas.

E já que estamos no assunto, quem ainda acha graça dos trocadilhos com o nome Focker?



Ahhnn, senhor.... dai-me forças...

domingo, 14 de novembro de 2010

Johnny Depp e Tim Burton juntos em mais um filme... anfffss...

Diretor Tim Burton e Johnny Depp se preparam para mais um trabalho conjunto em projeto chamado "Dark Shadows", baseado em em uma novela americana que protagonizava Vampiros, lobisomens e outro monstros clássicos. Você pode ver a notícia aqui



Há dez anos atrás essa notícia seria ótima, há 5 anos seria engraçada, mas agora é apenas triste. Antes de mais nada, sim, nós sabemos dos grandes filmes que a parceria Deep/Burton criou, mas olhem os últimos filmes, como o remak da Fantástica fábrica de chocolates ou aquela abonimação do filme da Alice. E sinceramente, a reciclagem de cliches do Burton (troncos retorcidos, excesso de pó de arroz nos atores, espirais, música do Danny Elfman... etc etc etc) que ele vez fazendo desde do Batman de 89 cansou.

Sim, Burton se tornou um daqueles diretores que sacrificam a história e o enredo para priorizar seus próprios gostos, incluindo figurinos e é claro o elenco. Aparentemente ele não consegue fazer um filme no qual a mulher del não esteja junto (Helena Bonham Carter e a sua cabeçona).

E esse tipo de comportamente, para qualquer pessoa que trabalha com processo criativo, é a mostra de que ele não mais se interessa pelo seu trabalho ou não tem vontade de mostrar algo diferente para o seu público, e ficamos estagnados, tanto o diretor quanto nós, o público.

Então o que poderia ser um excelente filme, não será. Mesmo porque sabemos como vai ser. Burton se tornou um clichê ambulante... uma pena. E Johnny Deep não está melhor não, ele vai fazer outro filme dos Piratas do Caribe, a franquia que já ficou sem idéias logo no segundo filme...

sábado, 13 de novembro de 2010

Fique longe dessa viagem.... sério



English:




Um parto de viagem (Due Date, EUA 2010)
Direção: Todd Phillips
Estrelando: Robert Downey Jr., Zach Galifianakis, Michelle Monaghan, Jamie Foxx e Juliette Lewis



Você já viu esse filme antes. A menos que você tenha passado toda a sua vida em uma caverna e este blog seja a primeira coisa que lês desde que saiu dela. Se for o caso, hei! bem vindo a internet, aprecie a pornografia.

Para aqueles que não estavam na caverna, vamos aos fatos: até mesmo aos filmes que seguem as fórmulas mais básicas e desgastadas de Hollywood podem criar abominações piores que a encomenda, e esse é o caso de "Um parto de viagem", a mais nova comédia do diretor Todd Phillips, que ano passado entregou o ótimo, mas completamente descartável, "Se beber não case" ("The Hangover").

As duas estrelas do bagulho são dois atores que já provaram que tem um enorme potencial humorístico. Downey Jr. roubou a cena em "Trovão Tropical" e Galifianakis já trabalhou com Phillips no seu sucesso anterior. Então o que saiu de tão errado nesse filme? Bom, se formos analisar a verdade brutal, atores estão lá para lerem scripts, e o com um material ruim, não há salvação. E quando você menos percebe, estás preso em um sala de cinema por uma hora e meia assistindo um roteiro reciclado a exaustão…

A história é sobre um sério arquiteto, Peter (Downey Jr.), que precisa chegar a Los Angeles para o nascimento do seu filho. Ele cruza caminhos com Ethan (Galifianakis), um barbudo boçal sem qualquer tato social…. denovo, só que agora com um jeito mais afetado e vestindo uma encharpe. Os dois são "obrigados" a viajar juntos até LA e essas duas personalidades tão diferentes entrarão em um inevitável conflito. Viu, eu disse que vocês já viram esse filme.

É a trama básica de diversos filmes dos anos 80/90. Dois antônimos forçados a interagir e com a relação ambos se complementam e superam suas falhas individuais, sem contar os diversos personagens caricatos que encontrão durante a jornada. Mas o problema não está na fórmula, está na execução.

"Um parto de viagem" simplesmente não é engraçado, isso mata qualquer comédia logo no ponto de partida. Sim o filme tem lá suas risadas, e Robert Downey Jr. falando seriamente "Eu nunca usei drogas" é gozado por razões não relacionadas ao enredo. Fora isso, os personagens são extremamente superficiais, mesmo para esse tipo de cinema, e você não vê qualquer forma de desenvolvimento para eles, nem aquele básico "o que eu aprendi nessa viagem maluca". Basicamente Peter sofre com a estupidez grotesca de Ethan, que não faz dele um adorável idiota… apenas um intolerável idiota.

O filme conta com outros atores, como Jamie Foxx, mas eles não fazem nada. Sério, nem uma piada ou uma participação relevante, é a prova cabal da incompetência dos roteiristas. O elenco tem um vencedor do Oscar e não a história escanteia ele para dar lugar a uma piada sobre tomar café com as cinzas de um morto! e isso já nem é mais triste, é irritante. E eu ainda me pergunto durante o longa inteiro o que diabos o Downey Jr. faz nesse filme, ele estava indo tão bem desde que se recuperou ao vestir aquela armadura de ferro…..

Então, a menos que você esteja desesperado para receber a sua dose de cenas envolvendo masturbação canina, fique longe deste filme. Vá ver Jackass 3D, que além de ser mais engraçado, pelo menos não te oferende ao colocar na sua frente excelentes atores que estão lá só para pegar um contra-cheque.

Nota: 5,5

Para saber qual o filme da próxima semana e outras notícias do tira filmes, sigame no twitter

sábado, 6 de novembro de 2010

Bem vindo a Charlestown




English:



Atração Perigosa (The Town, EUA 2010)
Direção: Ben Affleck
Estrelando: Ben Affleck, Jeremy Renner, Jon Hamm, Rebecca Hall, Pete Postlethwaite, Chris Cooper, Blake Lively, Slaine and Owen Burke.




The Town (ou traduzido mal e porcamente como "Atração Perigosa" para o português) tem trazido muita atenção dos críticos e freqüentadores do cinema para um fato interessante: Ben Alffeck é um excelente diretor.

Uh? como? o cara que fez "Demolidor" e tantas outras porcarias e conseguiu fixar seu rosto como mais um ator hollywoodiano bonito e medíocre, agora ele é um diretor bom? É isso que você deve tá se perguntando né? Pois é...

Atração Perigosa é um filme situado em Charlestown, cidade vizinha de Boston, onde Affleck cresceu, considerada na década de 90 a maior produtora de assaltantes a bancos dos Estados Unidos. Praticamente uma tradição das famílias irlandesas do local. O filme mostra a nova geração desses ladrões, entre eles o inteligente e sóbrio Doug MacRay (Affleck), que com planos planejados com perfeição, rouba bancos na esperança de um dia deixar Charlestown e o legado do seu pai. E em um desses assaltos, por motivos que escaparam do seus planos, acaba fazendo a gerente assistente Claire (Hall) sua refém, para depois engajar um relacionamento amoroso com a mesma. É eu sei… hollywood huh?

Sim, sim, a premissa parece ser bem água com açúcar, com um herói não compreendido e uma mocinha em um estado de fragilidade. Mas está ai o grande acerto do longa: não se bastar em uma história de amor nascida apartir de um assalto. Existe muita coisa rolando no filme e Affleck dá a atenção devida a todos, incluindo um amigo e comparsa violento (que entra em conflito com os planos meticulosos de MacRay), um agente do FBI workaholic e inescrupuloso e até uma história de mamãe sumida para o protagonista. No final da equação, temos um bom filmes com bons personagens e uma história interessante. O que é bem mais que podemos dizer de 90% dos filmes atualmente.

Mas não se enganem, o filme conta com clichês tipicamente yankees, como Clara sendo a mocinha virtuosa que ajuda o centro comunitário, e o enredo não tem grandes reviravoltas, é basicamente uma linha reta até o ato final, que não chega surpreender. Mas é bem marcado por boas atuações, destaque para Jon Hamm na pele do agente do FBI, que faz um excelente trabalho em se mostrar um "vilão", ainda mais em um gênero de filmes que fazem de bandidos heróis. Sem dúvida Ben Affleck fez a sua lição de casa, tanto na sua atuação competente, quanto na direção, a qual conta com boas tomadas, suspense, e tiroteios.

Em especial, gostaria de citar a cena de perseguição, que além de bem filmada, é quase que uma volta turística por Boston, a cidade que o diretor cresceu e conhece na palma da mão. Uma das melhores cenas de perseguição de carros que eu vi desde… sei lá, Carga Explosiva 1 eu acho.

Ainda assim eu não consigo entender donde vem tantos elogios para "Atração Perigosa". Sim, é um bom filme, uma boa direção, e sem dúvida deve concorrer a algum Oscar. Mas não possui o material de ser um daqueles trabalhos que serão lembrados nos anos a vir, como "Cidade Sob Pressão" dirigido por Michael Mann, ou "Caçadores de emoção" (que embalou as sessões da tarde de muita garotada), filme do qual Affleck pega emprestado a idéia de assaltantes mascarados. É por causa da direção de Ben "eu estive em um dos piores filmes de super heróis já feito" Affleck? Detesto ser chato, mas o cara já possui um Oscar e também já dirigiu outros excelentes filmes, como "Medo da Verdade". Ele sabe os caminhos de um bom filme, e empregou isso de todas as formas que pode. É o típico filme bom, mas não bom o bastante para ser um clássico.

Nota: 8,0

Para saber qual o filme da próxima semana e outras notícias do tira filmes, sigame no twitter

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Um bom filmes de alienígenas

Invasão de aliens sempre foi um tema recorrente no cinema. Desde robôs feitos de latão até gigantescas espaçonaves que podem explodir com virus de computadores (e não vamos esquecer dos Ets que são alérgicos a água do M. Night Shyamalan). Mas vamos combinar, dá para contar nos dedos filmes de invasões que REALMENTE são bons certo?

Então, em novembro temos uma boa promessa para os filmes apocalípticos by aliens, chama-se Skyline. Basicamente seres de outros planetas em máqinas gigantescas exterminam humanos, usando uma luz azul para atraí-los como fosse mariposas para depois vaporizá-los. Legal né?

Tem o lado ruim no entanto. A direção está no comando dos irmãos Strause, sim, os caras que dirigiram a porcaria homérica que foi Alien VS Predador 2. Pelo currículo, Skyline já sai perdendo, além de não contar com nenhum ator notável (exceto o cara que faz Scrubs).

Obviamente não dá para dizer certamente se teremos um bom filme de genocídio trazido além das estrela, ou algum dramalóide humano ambientado em um fim do mundo... com alienigenas.
Site oficial: http://www.iamrogue.com/skyline

Mas vejam o trailer, a mim empolgou!


segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Duas animações que valem a pena conferir.

Chegando o natal e as férias de verão (ou inverno no calendário Norte Americano), é hora de fisgar a criançada para assistir alguns filmes no cinema, e duas dos grandes estúdios de animação preparam dois filmes que são bem interessantes, e infelizmente para quem odeia aqueles malditos óculos... 3D.




Mega Mind da Dreamworks. Depois do excelente "Como treinar o seu dragão" e o decepcionante "Shrek 4" a Dreamworks lança seu terceiro filme de 2010, voltando com a idéia de fazer de heróis, vilões e vice-versa que deu tão certo nos primeiros Shreks, junto com uma jornada de redenção.
Basicamente uma paródia da história do Super-homem, que conta com um vilão, Mega Mind (voz de Will Farwell ) finalmente derrotando o seu arqui-rival Metro-Man (Brad Pitt) e se encontranto em um vazio existencial. Vazio que tenta consertar criando outro super-herói que rapidamente se mostra um vilão bem pior do que MegaMind jamais foi.

Beleza, a Dreamworks tem aquela sina de sempre ser comparada com a Pixar, que é um fardo que é bem pesado, mas seus últimos filmes, exceto o Shrek, tem sido muito bom e talvez MegaMind mostre mais que piadas pop culturais que tanto gosta de fazer.



Sim eu sei, nem o título muito menos a poster ajudar a passar a menssagem, mas esse filme é sobre a mais nova princesa da Disney: Rapunzel. Sim, a dos cabelos longos.
Eu tenho excelentes coisas a dizer sobre o ultimo filme de princesas da Disney: "A Princesa e o Sapo" feita com a maestria do 2D, mas aparentemente o filme não foi tão bem quanto a Disney queria e ai temos o Tangled (tradução meia boca: Enrolados), uma mudança na apresentação.
Antes de mais nada, Rapunzel cede o espaço para Flynn Ryder, um ladrão boa pinta que serve como o personagem para atrair garotos ao filme também (principal causa que a Disney aponta para o fracasso do filme do sapo) e o longa ganhou muito mais ação e aventura que os filmes de princesas costuma apresentar. Uma história de princesas para garotos, já que as garotas aparentemente estão mais interessadas em vampiros anêmicos ultimanente
Eu tô meio em dúvida quanto a esse filme. Os trailers me pareceram bons, mas eu já fui enganado antes. E eu não consigo lembrar nenhum 3D feito pela Disney (leia-se, não da Pixar) que eu tenha relamente curtido (ou lembrado). Mas quem sabe né?

Os dois estão para sair em novembro nos EUA, e no Brasil Megamind sai em Dezembro enquanto Tangled só em Janeiro ano que vêm, esperançosamente, com boas dublagens...

Sites oficiais:
Megamind e Tangled