Marcadores

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Arnoldo!

Sem notícias hoje, mas hei:



Carica rapidinha do Arnoldo, aquele austríaco gigantesco que não sabe atuar mas nos divertiu tanto nos anos 80 e 90.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O mais novo amigo da vizinhança!



Uma carica rapidinha de Andrew Garfield (da fama do recente "A rede social") no seu mais novo grande projeto, o reboot da série de filmes do Homem-Aranha, já batizada nos gringos de "The Amazing Spider-Man"

Enquanto no incío eu estranhei a velocidade para fazerem um reboot e não continuarem a história depois do terceiro filme, dá para compreender alguns dos motivos para quererem dar um novo começo ao Aranha: a história virou uma bagunça no terceiro filme.

Enquanto eu até curti partes do Homem-Aranha 3, realmente foi um filme fraco, e também alguns personagens bem fora das suas personalidades originais (principalmente Mary Jane e o próprio Peter Parker). Então eu estou animado para ver esse reboot.

As notícias sobre ele aparentemente são boa. O vilão é o Lagarto, interpretado por Rhis Ifans um cientista amigo do herói que tragicamente na sua busca para regenerar o seu braço perdido, se torna uma grotesca criatura er.. o nome deixa óbvio não? É um dos mais clássicos vilões do aracnídeo também, junto com o Duende Verde e o Doutor Octopus.

E no lado do interesse romântico do herói está Gwen Stacy, uma figura não tão popular quanto Mary Jane, mas que por muito tempo foi a número 1 no coração do herói. E ajuda saber que na pele dela está a atriz Emma Stone, uma das melhores jovens atrizes do momento.

O elenco de apoio também via bem, com figuras como Martin Sheen e Sally Field nos papeis dos tios de Parker, dois atores tarimbados e comprovadamente competentes.

Enfim, animado para ver esse filme, uma pena que só na metade do ano que vem, mas até lá vou postar as mais novas notícias desse filme, e de outros é claro.

Por hora, vejam o vídeo das filmagem do longa.


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Amor e outras..... ZZZzzzZZZZZzzzZZZZZ



English:


Amor e outras drogas (Love & other drugs, EUA 2010)

Direção: Edward Zwick

Estrelando: Jake Gyllenhaal, Anne Hathaway, Hank Azaria, Oliver Platt, Josh Gad



Ok, não vou perder muito tempo recapitulando o gênero da comédia romântica. Histórias de amor envolvendo situações cômicas sempre existiram no cinema (Chaplin, por exemplo, é o avô das comédias românticas).

Mas no final da década de 70 uma nova leva de filmes enquadrados em uma fórmula pouco flexível que envolve um belo par de protagonistas se conhecendo em situações inusitadas para depois surgir um conflito, muitas vezes causado por um engano pouco provável, e por fim a resolução e confirmação do amor eterno do casal, junto com a promessa para a audiência de "felizes para sempre". Existem variações e incorporações nesse estilo, como o gênero de super-heróis e ação, mas basicamente são filmes presos aos grilhões dos clichês. Mesmo que tenha produzidos clássicos e estrelas (geralmente os novos "queridinhos da américa" como Julia Roberts), com o passar do tempo a comédia romântica foi cansando.

Por isso até mesmo quando vemos um filme inofensivo como "Amor e outras drogas" é impossível pelo menos não suspirar de tédio durante algumas partes do filme. Principalmente aqueles que mostram bem as raízes do seu estilo.

O longa conta a história de Jamie Randall (Gyllenhaal,), o bonitão e carismático vendedor de eletrônicos, que após demonstrar os seus poderes de "canalha sedutor" na mulher do seu chefe, acaba como representante de vendas para remédios, quando ele engana secretárias e passa a perna nos concorrentes. Aparentemente nós deveríamos achar isso charmoso.

Não demora muito para entrar em cena Maggie (Hathaway), uma paciente de Mal de Parkinson com o espírito independente e alma artística (e se você está se perguntando, sim, ela mora em um galpão industrial e usa macacões sujos de tinta). E é claro que Jamie e Maggie se tocaram de "hey, nós somos duas das pessoas mais atraentes do planeta e emocionalmente desapegadas, nós deveríamos fazer sexo". E sexo eles fazem, bastante. Curiosamente, o filme não é tão tímido quanto outras comédias românticas mais familiares, mas não esperem ver nenhum nú frontal.

O resto vai de costume, o longa possui todos os estágios do gênero bem demarcados: o encontro, o começo da relação, o aprofundamento dela em uma montagem musical, o conflito, a separação, a revelação que um não pode viver sem o outro e o final feliz. O longa ganha pontos por méritos dos protagonistas, que conseguiram convencer que estavam apaixonados, o que ironicamente é cada vez mais raro nos dias de hoje, e Gyllenhaal até que fez um bom trabalho como um homem que tem problemas com a sua própria imagem. Por outro lado ele protagonizou uma cena em que declarar os seus sentimentos causaram um mal estar físico… e não era para ser engraçado.

Por falar de falta de humor, de fato são poucas as comédias românticas que conseguem arrancar risadas verdadeiras da audência, mas "Amor e outras drogas" simplesmente desiste disso após o primeiro ato, escanteando o fator "comédia" completamente, tanto que os personagens secundários que supostamente deveriam ser os alívios cômicos, como o irmão gorducho e feio do protagonista (Gad), não prestam para nada. Eles até que possuem as suas "sub-plots", mas acabam sem resolução alguma.

Existe também uma referência histórica à explosão de popularidade do Viagara. Sim o remédio para "levantar" o amigo, criado em 1996. E além do remédio, o filme constantemente tenta nos lembrar em que data eles estão, chegando a usar a Macarena para isso. Enquanto a famosa pílula azul tem participação em uma cena, essa história poderia ser perfeitamente contada sem o uso dela.

Tirando o completo desperdício de personagens e a falta de humor, que nunca foi essencial para começo de história, o quê esse filme tem de tão ruim? Nada. O quê ele tem de bom? Os atores fazem um bom trabalho, mas interpretando papeis tão manjados na indústria cinematográfica, é o mesmo que dizer que o padeiro fez um bom pão. Então temos mais uma daqueles produtos genéricos, o que por sí não é ruim, mas em se tratando de comédias românticas, vendo novamente os belos manequins de Hollywood fazendo a MESMA dança denovo e denovo e denovo, a coisa já está insuportável, motivo pelo qual esse tipo de filme sempre leva bomba da crítica. Uma pena que não foi dessa vez que o diretor Edward Zwick conseguiu voltar aos seus Tempos de Glória (piadinha infame, eu sei… quem não entendeu, dêem um google no nome do cara).

Em uma nota pessoal, esse filme ainda teve o agravante de trazer Anne Hathaway, uma atriz que, eu não tenho como explicar, mas possuo uma grande antipatia com o seu trabalho (obviamente, afinal eu não conheço a pessoa). Eu até tentei colocar em palavras as justificativas pela qual eu não gosto dela, mas não deu, eu apenas não gosto e acho que não vou conseguir mudar de idéia. Desculpa Hathaway, mas eu não suporto os seus filmes, e mesmo com você mostrando os seus belos peitos não tornou "Amor e outras drogas" mais agradável.

Finalizando, como todas as outros romances recentes, vale a pena ver com a pessoa amada. Tirando isso, existe uma diversidade de histórias melhores a serem visitadas pois o filme não oferece absolutamente nada que chame a atenção, além de gente bonita pelada… mas estamos na internet, podemos ver gente pelada quando bem quisermos.

Nota: 6,5

Ai aia ai... eu ainda não tô atualizando o twitter, foi mal

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Não é bem o que Tchaikovsky imaginou



English:



Cisne Negro (Black Swan, EUA 2010)

Direção Darren Aronofsky

Estrelando: Natalie Portman, Mila Kunis, Barbara Hershey, Vincent Cassel, Winona Ryder




Conheçam Nina (Portman), uma doce moça no meios dos seus 20 anos, uma beldade de aparência frágil, modos contidos e seu tom de voz é suave e quase inaudível. Seus grandes olhos castanhos sempre tem um ar melancólico e inocentes. Nina é a personificação da pureza, portanto não é difícil ve-la vestida em um branco impecável, graciosamente dançando na melhor representação da princesa transformada em ave do Lagos dos Cisnes, o famoso balé de Tchaikovsky

E como a dança domina até os seus sonhos, a obstinada (para não dizer obcecada a ponto de auto-mutilação e bulimia) Nina é a nova escolhida para ser a estrela da companhia de balé de Nova Iorque, tomando o lugar da personagem de Winona Ryder, já no crepúsculo da sua carreira (não, ela não vai fazer um filme com vampiros luminosos...) e nada contente com isso.

Tudo parece ir as mil maravilhas até o momento que o diretor Darren Aronofsky decide ser, bem, Aronofsky, e começar a ferrar com seus protagonistas, assim como fez em "Réquiem para um Sonho" e "O Lutador" . Para o novo diretor do espetáculo (Cassel) a perfeição técnica da dança de Nina e seus modos impecáveis não bastam para interpretar inteiramente o seu papel, já que a princesa possui uma impostora, a cisne negro, que representa tudo o que ela não é, uma mulher sedutora e maliciosa.

O problema é que Nina é uma moça cristalizada em uma infância artificial. Vive em um quarto rosa cheios de bichinhos de pelúcia e qualquer manifestação de sexualidade é reprimida pela sua sufocante mãe. Isso incapacita e frustra a nossa heroína, fazendo com que a chegada de uma nova bailarina (Kunis), que exala confiança e desejo, a sua própria a cisne negro. A rival apenas piora a psicose de Nina.

E é ai que a coisa fica insanamente boa! essa é uma história que vai além de uma bailarina com um parafuso a menos, é sobre a desconstrução e por consequência a destruição do ser para a criação da arte, é sobre a percepção distorcida que uma pessoa reprimida tem do mundo e daqueles que a cercam e Aronofsky ainda arranja espaço para transformar o filme em um "thriller" com sustos genuínos e ainda incluir bizarras metamorfoses.

Cisne Negro tem como um dos seus pontos principais a melhor atuação de Natalie Portman, que segura com incrível destreza o filme, o qual trabalha inteiramente para o sua personagem. Sacaram que eu não mencionei nenhum nome além do da Nina? Porque não é necessário, todos os coadjuvantes estão lá só para adicionar mais carga emocional a já instável protagonista, eles estão mais para demônios pessoais de Nina do que para seres humanos., seja na pele de um diretor que a manipula sexualmente e a aterroriza ao mesmo tempo, uma mãe monstruosa que quer viver os seus sonhos na pele da filha e uma rival maliciosa e traiçoeira que também representa aquilo que Nina secretamente deseja ser.

E esse desejo se transforma em um dos momentos mais comentados do filme, na qual duas das mais lindas atrizes do mundo engajam uma tórrida cena de sexo. E admito, eu apenas pensei no peso e simbolismo que isso teria na história... Valeu Aronofsky, você praticamente matou meu pênis com seu filme muito bem construído.... babaca!

E falando em simbolismo, o filme é repleto deles. Sério, cada frame, cada enquadramento foi cuidadosamente pensado para nos aproximar com o estado emocional de Nina. E fiquem de olho nos espelhos povo, prestem atenção nos espelhos.

Enfim, um belo filme que entrou forte para concorrer o Oscar. Com uma cinematografia única, uma fortíssima atuação de Portman, que provavelmente vai levar a estatueta, Cisne Negro é um dos grandes candidatos a se tornar parte dos "novos clássicos", aqueles filmes que serão comentados e se tornarão fonte de inspiração no futuro.

Mas pessoalmente, embora não consiga pensar em defeitos específicos para esse filme, eu não consegui entrar completamente na atmosfera dele, e muitas vezes algumas cenas me pareceram arrastadas e forçadas. Ainda assim, o terceiro ato é provavelmente a melhor meia hora de cinema que 2010 teve a oferecer, é muito, mas muito bom!!! Eu não costumo recomendar um filme por apenas parte dele, mas esse vale a pena pessoal, confiram Cisne Negro.

Nota: 8,5

Eu juro que vou começar a atualizar o meu twitter!!