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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Uma odisséia digital... que não é bem épica.



English:



Tron: O legado (Tron Legacy, EUA 2010)
Direção: Joseph Kosinski

Estrelando: Jeff Bridges, Garrett Hedlund, Bruce Boxleitner, Olivia Wilde, Michael Sheen, James Frain




Em 1982 a Disney fez a sua primeira grande tentativa de entrar no ramo da ficção científica, mudando a sua mira para a nova geração de jovens encantados com o fenômeno Star Wars que George Lucas recentemente liberou no mundo inteiro. E essa nova audiência, que além de sabres de luz também gostavam de passar horas em fliperamas e jogando Nintendo.

E então nasceu Tron, um filme com uma idéia simples: uma aventura dentro de um videogame. Utilizando o avó da tecnologia de computação gráfica, o filme contou com boas cenas originais, mas no final das contas acabou sendo um filme medíocre e que não foi bem recebido nas bilheterias. Mas décadas depois, assim como tantos filmes da mesma época (como Blade Runner), Tron atingiu o status de filmes cult, seja por ser o primeiro longa a abordar os videogames, seja pelo visual neon-futurista ou pelas interessante corridas de motos. E a Disney, como não é trouxa, tratou logo de fazer dinheiro dessa fama tardia do seu fracasso.

Surgiu dai Tron: o legado, um filme bonito, com um visual realmente único e diferente, mas assim como o primeiro, acabou com uma medíocre execução.

Seguindo a regra das continuações hollywoodianas, este Tron é maior, melhor e mais "épico" que o primeiro. Os primeiros 20 minutos do filmes servem para ligar o filme a história do primeiro, já que muitos, como eu, nem devem ter nascido para ver o primeiro nos cinemas. A história começa introduzindo o desaparecendo do gênio da computação e herói do primeiro filme Kevin Flynn (Bridges), e deixando o seu filho Sam sozinho. Vinte anos depois o jovem Flynn (Hedlund) se torna um hacker talentoso, mas sem intenções algumas de assumir o seu posto na companhia do pai, se bastando com algumas travessuras digitais (e alguns comentários sofre software livre e monopólio da informações digitais). É então que ele recebe um chamado do pai e no antigo fliperama da família ele entra no mundo digital da grade, onde toda a ação 3D rola.

Lá Sam se depara com um regime fascista controlado por um programa chamado Clu, criado por seu pai a sua semelhança, o qual forçou o seu pai a um exílio dentro do mundo digital. Eu não vou contar todos os detalhes da trama, mas o tema central é a imperfeição da vida que Clu tenta corrigir contra a perfeição do mundo digital. Parece uma idéia grande e interessante, mas em um filme que ao mesmo tempo tenta construir um relação pai e filho, grandes cenas de ação e luta, referências ao filme de quase 30 anos e ainda por cima deixar pontas soltas para uma seqüência, não é de se espantar ela acabou ficando superficialmente pomposa.

Hedlund não dá nenhum diferencial ao herói além do rapaz destemido que sabe andar de moto, e Olivia Wilde, como a guerreira digital Quorra, não faz muita coisa além de ser ridiculamente linda. A atuação do filme cai quase inteiramente nos ombros de Jeff Bridges, que faz dupla jornada nesse filme como o velho Kevin Flynn e Clu, uma versão rejuvenescida digitalmente para ter a idade de 35 anos, quando fez o primeiro filme. Tanto como o líder tirano quanto uma mistura de mestre jedi com gírias dos anos 80, Bridges conduz o filme como o veterano que é. Mas ironicamente a melhor cena do filme não tem Bridges, e sim Michael Sheen, se divertindo na pele de um esquisitão albino dono de uma boate que parece se deliciar com o caos de uma boa luta.

Tirando Bridges, Sheen, e boas (mas escassas) cenas de ação, Tron o legado não tem muito mais o que oferecer. Os personagens ficaram fracos, a trama ficou rasa e chatíssima, e o pior de tudo, não é divertido. Em um filme em um mundo digital com motos de luz e lutas de discos, o longa parece ter receito em dar aquilo que a audiência tanto queria.

Quem faz parte do grupo que curtiu o primeiro filme e o ajudou a atingir a sua mítica atual, vejam, é o filme que queriam. Quem faz parte que queria ver um filme de ação em um mundo cheio de néon e corridas com motos de luz, vão sair querendo mais, coisa que a provável continuação vai. E quem queria ver um bom filme, vai sair decepcionado, aparentemente esse novo Tron, assim como o predecessor de 28 anos atrás, simplesmente não é um bom filme, apenas interessante por seus visuais e idéias.

Nota: 6,5

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sábado, 18 de dezembro de 2010

Fechem as cortinas e fujam de Skyline!!!



English:



Skyline: a invasão (Skyline, EUA 2010)
Direção: Greg e Colin Strause
Estrelando: Eric Balfour, Scottie Thompson, Donald Faison, David Zayas



Desde que o ser humano aprendeu a observar o espaço de perto e descobriu que havia a possibilidade de vida fora do nosso quintal terráqueo, vieram também as fantasias sobres esses seres extraterrenos, e como seria o nosso contato com eles.

E esse contado, segundo a maioria dos escritores de ficção científica, não é nada agradável. De homenzinhos verdes até aterrorizantes máquinas trípedes gigantescas, equipadas com armas desintegradoras, a maioria deles vem com propósito de extermino / conquista. Geralmente procuram os recursos naturais deste minúsculo planeta. Mas em "Skyline" os seus aliens fazem algo que não faziam desde os anos 50: coletar nossos cérebros.

E é com esses caras que o casal Jarrod (Blafour) e Elaine (Thompson) se encontram. Ao visitar o amigo Terry (Faison) em Los Angeles e após uma noite de festa e revelações irrelevantes a história, eles acordam ao som dos gritos da assistente de Terry (uma atriz ruim a beça que eu não vou me incomodar a procurar o nome dela), pois um dos seus amigos desapareceu após um clarão azul. Não demora muito para eles perceberem que a cidade está infestada de criaturas gigantescas a procura da baterias cerebrais.

E é isso. Só isso. Após o "Independence Day" de 1996, no qual a computação gráfica conseguiu finalmente mostrar todo a escala da devastação de uma invasão global, o gênero da ficção científica procurou nos efeitos especiais a grande atração dos seus filmes. E por um tempo funcionou, mas 14 anos depois que vimos aquela espaço-nave destruir a Casa Branca, um filme que o único ponto positivo são os efeitos especiais não pode ser mais ser levado em consideração.

E ai está o grande pecado de Skyline. Sem dúvida os aliens nas suas mais diversas formas e tamanhos são interessantes, mas com um script que beira o estúpido, atores medianos (a maioria criados na TV) e personagens sem qualquer tipo de personalidade e desenvolvimento, não há mais nada o que se fazer além de olhar monstros matando humanos.

Os irmãos Strause, diretores que ganharam uma fama nada desejável depois Aliens Vs Predadores 2, tentam pela segunda vez em Skyline, desta vez de forma independente, ou seja, com pouca grana. E já que a produção não tem recursos para mostrar uma guerra interplanetária em escala global, o interessante seria mostrar o ponto de vista de pessoas normais nessa nova e extraordinária situação, correto? Sinais com Mel Gibson pode ter os aliens mais retardados da nossa ficção, mas o filme foi focado na família fragilizada pela morte da mãe e a recuperação da fé durante um ataque alienígena, que garantiu ao enredo um tema bem mais interessante que os ETs em si.

Mas claro que esse tipo de desenvolvimento ficaria no caminho de mostrar os aliens, e ai o filme fica preso ao mostrar os personagens enjaulados em um apartamento, com as cortinas fechadas rezando para o bicho papão das luzes azuis não pegarem eles. Eu não posso descrever o quão chato e insosso é o desenvolvimento desse filme e como eu consegui ficar profundamente irritado pela idiotice dos personagens… e olha que em um longa desse tipo eu perdôo MUITA coisa, mas não dá para perdoar uma história que não conta… bem, uma história.

Ugh… olha, no momento que eu escrevo essa resenha esse filme já sai de cartaz aqui na minha cidade, mas se no cinema de vocês esse filme ainda está passando, evitem, é perda de dinheiro. Vejam qualquer outra coisa, e quando sair no DVD, se você precisar MESMO ver aqueles aliens, alugue, só.

Nota: 4,0

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sábado, 11 de dezembro de 2010

Uma animação cabeçuda, mas não cerebral.



English



Megamente (Megamind, EUA 2010)
Direção: Tom McGrath
Estrelando: Will Ferrell, Tina Fey, Brad Pitt, Jonah Hill, David Cross




Uma das rivalidades do cinema recente que mais chamam a atenção é sobre os dois maiores estúdios de animação computadorizada: Pixar X Dreamworks.

Cada filme que lançado, um é mais bonito que o outro, e logo a excelência gráfica deixou de ser a primeira coisa a ser analisada nesses filmes, e sim a história. O problema que competir com a Pixar seria o mesmo que eu competir com… sei lá, o Picasso. E é essa a estigma da Dreamworks, a de fazer bons filmes, mas não tão bons quanto a Pixar, que parece soltar uma obra prima por ano, e atingiu o seu ápice agora há pouco com "Toy Story 3".

Mas a Dreamworks vem melhorando, dos filmes sem alma e recipientes vazios de vozes de celebridades e piadas pop-culturais, para longas que tem um significado, como o excelente "Como treinar o seu dragão", o que nos deixa a pergunta, como Megamente fica na história dessa rivalidade contra a gigante da Pixar.

A resposta: um filme perfeitamente bom, mas completamente esquecível.

A animação é linda, e o 3D muito bem utilizado. Novamente a decisão fica por conta do espírito do filme. E espírito esse filme tem, Will Ferrell na voz do protagonista com a gigantesca cabeça azul se certifica disso.

Ferewell, que durante a década estrelou muitas das melhores comédias, ultimamente andou preso a filmes de segunda, e a Feitieira (ugh..). Com Megamind ele definitivamente quer se livrar dessa maldição.

O filme é um twist interessante na história do super-homem e basicamente todas as relações dos heróis e vilões clássicos. Um jogo de gato e rato interminável, na qual o vilão nunca consegue causar a catástrofe e o herói apenas coloca o vilão na prisão, para o ciclo recomeçar na próxima edição.

E Megamind adora esse jogo. Ele e Metro man (Pitt) como dois alienígenas que cumprem seus papéis de malvado com super-inteligência e bonitão com poderes divinos.

Até que um dia o impossível acontece, o mal vence o bem, e ai vem a grande questão do filme: o que vêm depois? A resposta é o vazio existencial. A graça é mostrar que heróis e vilões são apenas crianças com uniformes que gostam de brincar de armas do juízo final e lutas épicas, mas o filme mostra que no final, a decisão de ser bom ou mal vem da própria pessoa, e não da imagem estereotipada que ela representa.

Louco para voltar a brincar de bandido e mocinho, Megamind então pretende criar um novo herói, Titan (Hill). O problema que esse novo herói não é um clichê, não se encaixa no jogo, ele não tem interesse em brincar e muito menos em ser o novo Metro man. Por fim se torna aquilo que Megamind nunca foi, uma verdadeira ameaça.

Enquanto, como disse, Ferrell dá tudo de si, os outros personagens não chegam a cativar. Pitt dá um tom de show-man exibido ao herói, e Hill não precisa de nenhuma caracterização já que sei personagem é a sua cara. Mas o maior problema mesmo fica com Tina Fey, como a "Lois Lane" Roxanne Ritchie. Enquanto não seja muito fã da Fey, ela é uma comediante e o filme não dá uma piada sequer a ela, e no fim das contas a sua caracterização ficou abaixo das outras.

Além disso, o filme não consegue encaixar boas piadas, e suas idéias não são particularmente originais, embora a jornada de redenção do protagonista é bem executada.

De destaque, é legal apontar a trilha sonora do filme, com rock clássico das antigas que se encaixa direitinho no filme, de AC DC até Guns, junto com efetivas músicas originais para as cenas emocionais.

Megamind não é aquela animação que vai marcar a infância da garotada, não vai prender os adultos além da hora e meia de duração e muito menos ameaçar o reinado da Pixar. Mas depois do "Como treinar o seu dragão", esse filme é um passo para trás. Para aqueles que não estão nem ai para a rivalidade dos dois estúdios só precisam saber disso: Megamind é divertido, vejam!

Nota: 7,5

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Mais um do Woody Allen...



English:




Você vai conhecer o homem dos seus sonhos (You will meet a tal dark stranger, EUA 2010)

Direção: Woody Allen
Estrelando: Gemma Jones, Naomi Watts, Lucy Punch, Pauline Collins, Frieda Pinto, Josh Brolin, Anthony Hopkins, Antonio Banderas



Ok! Jogo rápido. Para aqueles que são fãs do Nova Yorquino baixinho e nervozinho já sabem que faz mais de década que ele dedica os seus filmes ao cinismo da raça humana e a insignificância da existência. E em "você vai conhecer o homem dos seus sonhos" Woody Allen não faz questão nenhuma de ser diferente dos filmes que ele vem fazendo desde "Desconstruíndo Harry"… em 1997.

Enquanto é um filme bem construído, afinal Allen sabe fazer o seu trabalho, ele não apresenta nada de novo e o texto sem dúvida mostra uma forma desgastada de storytelling, a qual o seu autor tanto gosta.

A história é sobre duas gerações de casais da mesma família: Alfie (Hopkins) e Helena (Jones) que se separam após Alfie se apavorar com a sua própria mortalidade e tentar recuperar a juventude; e a filha deles: Sarah (Watts) e seu marido Roy (Brolin), em uma relação fragilizada pela teimosia do marido em tentar suceder como escritor, negligenciando as finanças e família para isso.

O enredo conta os episódios dessas quatro pessoas em sua busca pela felicidade, seja com cartomantes, a vizinha ou o chefe bonitão, tudo é válido para que atinjam os seus objetivos, incluindo atos deploráveis, como Roy que vai ao fundo do poço para ser reconhecido como escritor.

Mas bem como o nome original indica (em inglês é uma metáfora para a morte) essa não é uma história de finais felizes. O que encontramos aqui são personagens mesquinhos envolvidos nos seus problemas e frustrações incapazes de ter empatia pelos outros, incluindo até mesmo a chorosa e supersticiosa Helena.

O filme conta com uma narração que muitas vezes chega a ser redundante, descrevendo acontecimentos que a audiência está assistindo, isso tudo junto com os típicos diálogos do Wood Allen e trilhas sonoras entre o confortável Jazz característico do diretor ao violão clássico para marcar as cenas com Dia, a tentação de vermelho para o personagem de Brolin. Tudo reciclado de outros filmes do próprio Allen.

O problema em si não é só a repetição do estilo do diretor, que mesmo filmando fora de Nova York, retrata Londres como a mesma. É a qualidade mesmo. A melhor piada que o longa tem a oferecer é sobre a espera de Alfie a fazer o viagrar fazer efeito, mesmo com Hopkins conduzindo a cena. O restante não é interessante, os personagens não cativam, justamente por serem criaturas superficiais mesquinhas e não demora muito para que chegue aquele momento que você fica olhando as horas no relógio… (e tapando a luz).

Woody Allen é uma máquina de fazer filmes. Nesta década ele fez um a cada ano, sendo que apenas aqueles que contam com grandes atuações de atores inspirados são os que se salvam da mediocridade (Vicky Cristina Barcelona por exemplo). Mas como uma máquina, seus produtos são desprovidos de qualquer paixão, criatividade e significado que seus filmes antes tinham. Uma pena, Allen só está machucando sua antes excelente imagem com um amontoado de "filmes-nada".

Nota: 5,5

Foi mal a demora essa semana (era para ter saido no último sábado) mas por motivos de saúde só pude terminar hoje. Para mais informações do filme da próxima semana, sigame no twitter

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

sábado, 27 de novembro de 2010

Eu vi coisas que vocês nunca acreditariam...

Não tinha nada de bom passando no cinema essa semana, então vamos com um clássico retro não?



English



Blade Runner o Caçador de Androides (Blade Runner, EUA1982)
Direção: Ridley Scott
Estrelando: Harrison Ford, Rutger Hauer, Sean Young, Daryl Hannah, Joe Turkel



Existem aqueles clássicos que influenciam toda uma geração de filmes, muitos dos quais superam a sua fonte de inspiração. E existem aqueles clássicos que são insensíveis ao tempo, que ficam lá, permanentes na história, sua qualidade e o prazer em assisti-lo não muda, pouco importando se a audiência de agora não passava de apenas uma idéia vaga na época de estréia.

Baseado no livro de Philip K. Dick, Blade Runner, de Ridley Scott, se encaixa na segunda categoria. A sua trajetória na cena cultural é bem distinta. Foi um fracasso de bilheteria, depois um oculto favorito dos cinéfilos cult e agora, com mais 25 anos de idade, atingiu o status de clássico.

Eu honestamente não sei o que eu posso resenhar ou dizer algo sobre Blade Runner que já não tenha sido dito, diabos eu já encontrei textos que traçam paralelos cena por cena com o cristianismo, análises é o que não faltam. Mas para quem não conhece, permita-me tentar vender esse filme.

O filme se passa na futurista Los Angeles em 2019 (é eu sei, eles eram bem otimistas naquela época). Semelhante aos detetives de Dashiell Hemmet, Rick Deckard (Ford) é um típico anti-herói noir com problemas com a autoridade que é forçado a uma missão como Blade Runner, sua ex-profissão.

Blade Runner é o nome dado aos policiais que tem como missão "aposentar" replicantes, andróides humanóides. Sim aposentar, não executar. Ah! a boa e velha hipocrisia humana. Replicantes são proibidos na Terra, sendo apenas usados como força escrava na exploração espacial.

O problema é que os replicantes são tão perfeitos, e na arrogância humana de criar algo a sua semelhança (como um certo cara chamado Deus), que não demorou muito para esses andróides se tocarem que não querem ser escravos, além de passar a valorizar as suas experiências, suas memórias, enfim, criaram apego pela vida. Mas eles ainda são um produto comercial, com data de validade.

Temendo essa data, quatro replicantes voltam à Terra a procura daquilo que os homens almejam desde a antiguidade: conhecer seu criador e escapar do desespero da mortalidade. Entre eles o Übermensch, Roy Batty (Hauer), e Pris, a sensual prostituta robótica (interpretada por uma jovem e elástica Daryl Hannah).

Além da caçada, Deckard tem que lidar com seus sentimentos conflitantes em relação a Rachel (Young), uma replicante vítima da mais cruel piada: ela recebeu memórias para pensar que é humana.

Com a arte conceitual de Syd Mead, Blade Runner chama primeiramente a atenção pelo futuro Neo-noir. Os designs do filme são fonte de inspiração até os dias de hoje… diabos, até um clipe das Spice Girls é baseado nos projetos de Mead. Mas a ação que rola nas ruas escuras de Los Angeles é igualmente impressionate.

Harrison Ford no ápice da sua carreira, com Han Solo e Indiana Jones no bolso, incorpora Deckard como um homem com as costas pesadas e desumanizado pela matança de Replicantes. Em contra partida Roy apresenta todas as emoções do espectro humano, principalmente quando ele conhece o seu Deus, o inventor dos replicantes Tyrell (Turkel), em uma das cenas mais impressionantes do longa. São dois personagens fáceis de se identificar, e com atuações recompensadoras.

Blade Runner não gasta uma linha de diálogo sequer e suas cenas são repletas de simbolismo, tanto que chega a levantar a grande dúvida sobre a humanidade do protagonista sem nem precisar usar uma palavra, mais uma prova que Ridley Scott tem completo domínio do seu filme.

Vejam Blade Runner não porque é um clássico, não porque é um ainfluência para a ficção científica atual, mas sim porque é um batia filme, excelente, e diversos outros adjetivos que possam imaginar. Não viu ainda? Que diabos vocês está fazendo aqui??

Nota: 10!!

sábado, 20 de novembro de 2010

Vovôs com armas... basicamente isso




English:



RED: Aposentados e Perigosos (RED, EUA 2010) Direção: Robert Schwentke Estrelando: Bruce Willis, Morgan Freeman, John Malkovich, Helen Mirren, Mary Louise Parker, Karl Urban, Richard Dreyfuss, Ernest Borgnine



A premissa do filme é a seguinte: Espiões aposentados voltam a ativa quando passam a ser caçados pelas próprias pessoas que antes serviam, ponto. É só isso que vocês precisam saber da história, ela não vai mais além disso e não faz questão alguma de tentar. Sim amigos, é mais um daqueles filmes de sentar na poltrona e desligar o cérebro.

"Senhores armados" é o típico filme para que grita "Bruce Willis", não há muito o que fazer nessa situação. Atualmente só Willis consegue dominar o papel do homem de ação no outono da sua vida, e sim, ele tira esse filme de letra. Então é RED é um filme seguro de assistir, "in Willis we trust".

Sabendo que "John McClane" cuida da ação, o que mais temos? Morgan Freeman como um James Bond na casa de repouso, John Malkovich como Martin Riggs (Máquina Mortífera, quando Mel Gibson ainda era considerado seguro para sair na rua) mais grisalho e insano, e Helen Mirren, a "Rainha da Inglaterra", que rouba o filme no melhor estilo femme-fatale.

Como podem ver, o filme está em boas mãos. Embora o diretor Schwentke não tenha nenhum grande sucesso no bolso, ele conta com um time vencedor. Vamos combinar, qualquer ator que passou do seus tempos de rostinho bonito e corpo sarado e ainda consegue arranjar trabalho, é porque provou o seu talento. Então foi só seguir o padrão e deixar os medalhões fazerem o trabalho.

No lado dos não velhinhos, temos Mary Louise Parker, como interesse romântico de Paul Moses (Willis) e Karl Urban no papel de um jovem e obstinado agente da CIA. Nenhum dos dois ganham cenas como Wilis saindo casualmente de um carro em movimento enquanto descarrega uma pistola, ou Mirren que maneja uma metralhadora anti-aérea vestida para uma festa de gala, mas cumprem seu papel de apoio de acordo, ou seja, eles deixam as pessoas que passaram dos 50 serem os caras mais f&$#s do mundo, afinal, a graça de RED está nisso.

E falando em graça, o longa metragem deriva bastante do material original, os quadrinhos de 2003 da DC comics, e pega muito mais leve nos assassinatos tiroteios e investe na comédia. Desde a animação que apresenta as diferentes localidades pela qual a história atravessa, até Malkovich, que cada segundo com a câmera focada nele é a garantia de um segundo divertido.

Divertido e… só. Eu não tenho muito o que falar mal desse filme, mas também não tenho muito o que elogiar. É como falar que tomar um sorvete é gostoso. Eu já sabia o sabor do "sorvete" e já sabia que eu ia gostar, mas ele não é mais nada além disso. Jogar no "seguro" é muito bom para uma sessão pipoca, mas com um elenco desses, não dá para passar o filme esperando por mais, e acho que esse é o grande defeito da coisa, a sensação de uma oportunidade perdida é aquela que fica quando começam a rolar os créditos.

Enfim, como disse antes, é um daqueles filmes de sentar e desligar o cérebro, um aquecimento para os grandes blockbusters do Natal. Apenas apreciem ao ver esses senhores de idade chutando bundas. Sim, é tão divertido quanto parece.

Nota: 6,5

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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

E mais um herói verde.

Seguido diretamente do primeiro trailer do Lanterna Verde, a Columbia nos lembra que logo em janeiro teremos um filme de um outro super herói que também gosta de vestir verde.

De quem estou falando? do Besouro Verde (Green Hornet) obviamente! (é eu sei, Hornet não é bem besouro em inglês, mas não fui eu que traduzi o bagulho!)



Para quem não conhece, e o trailer realmente não faz muita questão de "lembrar" quem é o Besouro Verde, eis uma recapitulação: o herói é um pouco mais velho do que daqueles que usam colante e estamos acostumados a ver nas telonas. Nascido da era dourada do rádio nos anos 30, esse típico herói "pulp" é um magnata dono de um jornal (atualizado para mídia em massa hoje) que se disfarça de vilão "Besouro verde" para lutar contra o crime organizado, junto com seu parceiro asiático (logo mestre nas artes marciais, obviamente) Kato. Nos anos 60 foi um seriado de sucesso e no papel de Kato estava o ainda desconhecido Bruce Lee.

Na versão 2011 temos Seth Rogen no papel do vigilante de verde. Sim, Seth Rogen, o gordinho barbudo que fazia comédias sobre como ele pegava mulher muuuuuuuuuiiiiiiiittttoooo além da sua liga. Um regime a toda e ele está lá, chutando bundas. Pois é... No papel de Kato está Jay Chou.

Ok, eu preciso dedicar um parágrafo ao Chou. No ocidente o cara ainda é um desconhecido, mas o homem na verdade é uma "canivete suiço" do entreterimento (ok, a piada é do filme, me processem). Ele atua, dirige, canta, compõe musicas, é premiado em tudo que é coisa e ainda escreve livros. E ele tem 31 anos. O cara é quase uma lenda no ocidente e espero que esse filme seja bom o bastante para não deixar nenhuma marca ruim na sua reputação.


E também resolve problemas de álgebra enquanto dorme.... ugh, essa foi mal...

Para finalizar, eu gostaria só de apontar uma coisa. A febre de "Tony Stark" parece ter afetado todos os filmes do gênero de super heróis. Obviamente se você tem um filme com o Seth Rogen como protagonista é por que você vai querer fazer a platéia rir, é para isso que o cara serve. O problema é que o Besouro Verde nunca foi engraçado, suas aventuras eram sobre um vigilante a lá detevive que saia em seu carro negro procurando problemas. Agora o que poderia ser um filme tentando resgatar os heróis pulps dos anos 30 e 40, vamos ter mais um espertalhão que tem um timming de comédia. Não é necessáriamente ruim, mas é bem Maria vai com as outras... affsss....

Mas se vocês não sabem que é o Besouro Verde, com certeza esse trompete vocês conhecem:

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Beware of my power... Green Lantern's Light!!!


Eu sei, eu sei, vocês já devem ter visto o trailer do Lanterna Verde em algum outro lugar... então eu ofeceço um desenhozinho rapidinho, hmkay?

E quem AINDA não viu o trailer, ei-lo:




Agora meus dois centavos no bagulho. Ryan Reynolds é um ator carismático e sem dúvida vai conduzir o filme muito bem, obrigado. Ele sabe o que o público do filme gosta e vai entregar, não tenham dúvida. A reclamação que pode vir dos fãs mais antigos e ardorosos do Lanterna Verde é que Hal Jordan não é essa persona brincalhona e adoravelmente irresponsável que Reynolds está interpretando no trailer (papel que ele tira de letra...).

Esse tipo de herói que consegue fazer piadinhas no calor da batalha é mais relacionado ao Homem-Aranha (não os do filmes) e Homem-de-Ferro de Downey JR. E aparentemente a Warner quer um pouco da populariedade de Tony Stark para Hal Jordan.

Particularmente, sem objeções aqui. Mas fico me perguntando, o que mais eles devem ter mudado para encaixar-se na nova onda popular de super-heróis? Pelo que eu vi no vídeo, todos os elementos aparentemente estão lá, Carol Ferris, o planeta dos Lanternas, Sinestro, etc etc etc. Vamos ver como eles vão se comportar então. Mas isso vai importar? Até recentemente o Lanterna Verde não era exatamente o herói mais popular nos quadrinhos, até a saga "Blackest Night" que reintroduziu o personagem de Jordam, então mexer lá e acolá na sua história não deve ser um grande empecilho.

Blake Lively, atriz de TV em seu primeiro grande papel no cinema, como Carol Ferris. As poucas linhas de diálogo oferecida por ela me deram a impressão de uma atuação medíocres. Não, eu nunca vi Gossip Girl, e sim, é muito cedo para julgar esse tipo de coisa. Ainda assim, não foi a melhor das primeiras impressões.

Mas tirando isso, expectativas excelentes aqui. Sim, o Lanterna Verde não tem a presunção de ser um filme do mesmo calibre de Dark Knight, um filme profundo sobre um cara que se veste de roedor gigante porque sente falta da mamãe, mas parte para a simples e incrível diversão de um cara que usa poderes fantásticos e viaja pelo cosmos conhecendo (e lutando contra) diversos alienígenas.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A crise existencial de Ben Stiller




Recentemente a Paramount liberou a continuação, prometida por Stiller, de Zoolander. A notícia pode ser vista aqui.

Quem não lembra de Zoolander, e não culpo, afinal é um filme bem fácil de esquecer, é um filme escrito, dirigido e protagonizado por Stiller e uma das primeiras parceirias Ben Stiller/ Owen Wilson, que rendeu diversos filmes nos anos seguintes (e poucos realmente bons...). O longa era uma sátira sobre o mundo dos modelos masculinos e aparentemente a sua incrível estupidez.

Admito que era bem engraçado, e lembro de ter dado algumas risadas. Mas não consigo lembrar de nada relevante o bastante do filme para fazer alguém esperar por uma sequência. Nem os fãs mais ardorosos de Stiller pediram por esse filme, que absolutamente não tem mais nada a oferecer!!! A história era rasa feito um píres e os personagens mais unidimensionais o possível. O quê eles podem oferecer nesse filme além de... sei lá, David Bowie denovo?
Então por que essa insitência? eles já não aprenderam que isso não funciona??? (Uma note no museu 2 manda um alô). Isso vai além daquele clichê da ganância da industria cinematográfica, que não está mais interessada em fazer arte, mas dinheiro, e blábláblá. É preguiça, pura e simplesmente. Ben Stiller atuou no mesmo papel praticamente a década inteira!!! sim, ele fez filmes interessantes também, mas na maior parte do tempo ele era o cara desajeitado e engraçado que passava por situações complicadas para ficar com o seu verdadeiro amor. Dava vontade de pegar uma arma e aliviar o pobre infeliz da sua miséria.


Em 2001 Zoolander era um filme de Ben Stiller. Em 2012, Zoolander vei ser MAIS UM filme do Ben Stiller. O que é um insulto em algumas culturas.

E já que estamos no assunto, quem ainda acha graça dos trocadilhos com o nome Focker?



Ahhnn, senhor.... dai-me forças...

domingo, 14 de novembro de 2010

Johnny Depp e Tim Burton juntos em mais um filme... anfffss...

Diretor Tim Burton e Johnny Depp se preparam para mais um trabalho conjunto em projeto chamado "Dark Shadows", baseado em em uma novela americana que protagonizava Vampiros, lobisomens e outro monstros clássicos. Você pode ver a notícia aqui



Há dez anos atrás essa notícia seria ótima, há 5 anos seria engraçada, mas agora é apenas triste. Antes de mais nada, sim, nós sabemos dos grandes filmes que a parceria Deep/Burton criou, mas olhem os últimos filmes, como o remak da Fantástica fábrica de chocolates ou aquela abonimação do filme da Alice. E sinceramente, a reciclagem de cliches do Burton (troncos retorcidos, excesso de pó de arroz nos atores, espirais, música do Danny Elfman... etc etc etc) que ele vez fazendo desde do Batman de 89 cansou.

Sim, Burton se tornou um daqueles diretores que sacrificam a história e o enredo para priorizar seus próprios gostos, incluindo figurinos e é claro o elenco. Aparentemente ele não consegue fazer um filme no qual a mulher del não esteja junto (Helena Bonham Carter e a sua cabeçona).

E esse tipo de comportamente, para qualquer pessoa que trabalha com processo criativo, é a mostra de que ele não mais se interessa pelo seu trabalho ou não tem vontade de mostrar algo diferente para o seu público, e ficamos estagnados, tanto o diretor quanto nós, o público.

Então o que poderia ser um excelente filme, não será. Mesmo porque sabemos como vai ser. Burton se tornou um clichê ambulante... uma pena. E Johnny Deep não está melhor não, ele vai fazer outro filme dos Piratas do Caribe, a franquia que já ficou sem idéias logo no segundo filme...

sábado, 13 de novembro de 2010

Fique longe dessa viagem.... sério



English:




Um parto de viagem (Due Date, EUA 2010)
Direção: Todd Phillips
Estrelando: Robert Downey Jr., Zach Galifianakis, Michelle Monaghan, Jamie Foxx e Juliette Lewis



Você já viu esse filme antes. A menos que você tenha passado toda a sua vida em uma caverna e este blog seja a primeira coisa que lês desde que saiu dela. Se for o caso, hei! bem vindo a internet, aprecie a pornografia.

Para aqueles que não estavam na caverna, vamos aos fatos: até mesmo aos filmes que seguem as fórmulas mais básicas e desgastadas de Hollywood podem criar abominações piores que a encomenda, e esse é o caso de "Um parto de viagem", a mais nova comédia do diretor Todd Phillips, que ano passado entregou o ótimo, mas completamente descartável, "Se beber não case" ("The Hangover").

As duas estrelas do bagulho são dois atores que já provaram que tem um enorme potencial humorístico. Downey Jr. roubou a cena em "Trovão Tropical" e Galifianakis já trabalhou com Phillips no seu sucesso anterior. Então o que saiu de tão errado nesse filme? Bom, se formos analisar a verdade brutal, atores estão lá para lerem scripts, e o com um material ruim, não há salvação. E quando você menos percebe, estás preso em um sala de cinema por uma hora e meia assistindo um roteiro reciclado a exaustão…

A história é sobre um sério arquiteto, Peter (Downey Jr.), que precisa chegar a Los Angeles para o nascimento do seu filho. Ele cruza caminhos com Ethan (Galifianakis), um barbudo boçal sem qualquer tato social…. denovo, só que agora com um jeito mais afetado e vestindo uma encharpe. Os dois são "obrigados" a viajar juntos até LA e essas duas personalidades tão diferentes entrarão em um inevitável conflito. Viu, eu disse que vocês já viram esse filme.

É a trama básica de diversos filmes dos anos 80/90. Dois antônimos forçados a interagir e com a relação ambos se complementam e superam suas falhas individuais, sem contar os diversos personagens caricatos que encontrão durante a jornada. Mas o problema não está na fórmula, está na execução.

"Um parto de viagem" simplesmente não é engraçado, isso mata qualquer comédia logo no ponto de partida. Sim o filme tem lá suas risadas, e Robert Downey Jr. falando seriamente "Eu nunca usei drogas" é gozado por razões não relacionadas ao enredo. Fora isso, os personagens são extremamente superficiais, mesmo para esse tipo de cinema, e você não vê qualquer forma de desenvolvimento para eles, nem aquele básico "o que eu aprendi nessa viagem maluca". Basicamente Peter sofre com a estupidez grotesca de Ethan, que não faz dele um adorável idiota… apenas um intolerável idiota.

O filme conta com outros atores, como Jamie Foxx, mas eles não fazem nada. Sério, nem uma piada ou uma participação relevante, é a prova cabal da incompetência dos roteiristas. O elenco tem um vencedor do Oscar e não a história escanteia ele para dar lugar a uma piada sobre tomar café com as cinzas de um morto! e isso já nem é mais triste, é irritante. E eu ainda me pergunto durante o longa inteiro o que diabos o Downey Jr. faz nesse filme, ele estava indo tão bem desde que se recuperou ao vestir aquela armadura de ferro…..

Então, a menos que você esteja desesperado para receber a sua dose de cenas envolvendo masturbação canina, fique longe deste filme. Vá ver Jackass 3D, que além de ser mais engraçado, pelo menos não te oferende ao colocar na sua frente excelentes atores que estão lá só para pegar um contra-cheque.

Nota: 5,5

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sábado, 6 de novembro de 2010

Bem vindo a Charlestown




English:



Atração Perigosa (The Town, EUA 2010)
Direção: Ben Affleck
Estrelando: Ben Affleck, Jeremy Renner, Jon Hamm, Rebecca Hall, Pete Postlethwaite, Chris Cooper, Blake Lively, Slaine and Owen Burke.




The Town (ou traduzido mal e porcamente como "Atração Perigosa" para o português) tem trazido muita atenção dos críticos e freqüentadores do cinema para um fato interessante: Ben Alffeck é um excelente diretor.

Uh? como? o cara que fez "Demolidor" e tantas outras porcarias e conseguiu fixar seu rosto como mais um ator hollywoodiano bonito e medíocre, agora ele é um diretor bom? É isso que você deve tá se perguntando né? Pois é...

Atração Perigosa é um filme situado em Charlestown, cidade vizinha de Boston, onde Affleck cresceu, considerada na década de 90 a maior produtora de assaltantes a bancos dos Estados Unidos. Praticamente uma tradição das famílias irlandesas do local. O filme mostra a nova geração desses ladrões, entre eles o inteligente e sóbrio Doug MacRay (Affleck), que com planos planejados com perfeição, rouba bancos na esperança de um dia deixar Charlestown e o legado do seu pai. E em um desses assaltos, por motivos que escaparam do seus planos, acaba fazendo a gerente assistente Claire (Hall) sua refém, para depois engajar um relacionamento amoroso com a mesma. É eu sei… hollywood huh?

Sim, sim, a premissa parece ser bem água com açúcar, com um herói não compreendido e uma mocinha em um estado de fragilidade. Mas está ai o grande acerto do longa: não se bastar em uma história de amor nascida apartir de um assalto. Existe muita coisa rolando no filme e Affleck dá a atenção devida a todos, incluindo um amigo e comparsa violento (que entra em conflito com os planos meticulosos de MacRay), um agente do FBI workaholic e inescrupuloso e até uma história de mamãe sumida para o protagonista. No final da equação, temos um bom filmes com bons personagens e uma história interessante. O que é bem mais que podemos dizer de 90% dos filmes atualmente.

Mas não se enganem, o filme conta com clichês tipicamente yankees, como Clara sendo a mocinha virtuosa que ajuda o centro comunitário, e o enredo não tem grandes reviravoltas, é basicamente uma linha reta até o ato final, que não chega surpreender. Mas é bem marcado por boas atuações, destaque para Jon Hamm na pele do agente do FBI, que faz um excelente trabalho em se mostrar um "vilão", ainda mais em um gênero de filmes que fazem de bandidos heróis. Sem dúvida Ben Affleck fez a sua lição de casa, tanto na sua atuação competente, quanto na direção, a qual conta com boas tomadas, suspense, e tiroteios.

Em especial, gostaria de citar a cena de perseguição, que além de bem filmada, é quase que uma volta turística por Boston, a cidade que o diretor cresceu e conhece na palma da mão. Uma das melhores cenas de perseguição de carros que eu vi desde… sei lá, Carga Explosiva 1 eu acho.

Ainda assim eu não consigo entender donde vem tantos elogios para "Atração Perigosa". Sim, é um bom filme, uma boa direção, e sem dúvida deve concorrer a algum Oscar. Mas não possui o material de ser um daqueles trabalhos que serão lembrados nos anos a vir, como "Cidade Sob Pressão" dirigido por Michael Mann, ou "Caçadores de emoção" (que embalou as sessões da tarde de muita garotada), filme do qual Affleck pega emprestado a idéia de assaltantes mascarados. É por causa da direção de Ben "eu estive em um dos piores filmes de super heróis já feito" Affleck? Detesto ser chato, mas o cara já possui um Oscar e também já dirigiu outros excelentes filmes, como "Medo da Verdade". Ele sabe os caminhos de um bom filme, e empregou isso de todas as formas que pode. É o típico filme bom, mas não bom o bastante para ser um clássico.

Nota: 8,0

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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Um bom filmes de alienígenas

Invasão de aliens sempre foi um tema recorrente no cinema. Desde robôs feitos de latão até gigantescas espaçonaves que podem explodir com virus de computadores (e não vamos esquecer dos Ets que são alérgicos a água do M. Night Shyamalan). Mas vamos combinar, dá para contar nos dedos filmes de invasões que REALMENTE são bons certo?

Então, em novembro temos uma boa promessa para os filmes apocalípticos by aliens, chama-se Skyline. Basicamente seres de outros planetas em máqinas gigantescas exterminam humanos, usando uma luz azul para atraí-los como fosse mariposas para depois vaporizá-los. Legal né?

Tem o lado ruim no entanto. A direção está no comando dos irmãos Strause, sim, os caras que dirigiram a porcaria homérica que foi Alien VS Predador 2. Pelo currículo, Skyline já sai perdendo, além de não contar com nenhum ator notável (exceto o cara que faz Scrubs).

Obviamente não dá para dizer certamente se teremos um bom filme de genocídio trazido além das estrela, ou algum dramalóide humano ambientado em um fim do mundo... com alienigenas.
Site oficial: http://www.iamrogue.com/skyline

Mas vejam o trailer, a mim empolgou!


segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Duas animações que valem a pena conferir.

Chegando o natal e as férias de verão (ou inverno no calendário Norte Americano), é hora de fisgar a criançada para assistir alguns filmes no cinema, e duas dos grandes estúdios de animação preparam dois filmes que são bem interessantes, e infelizmente para quem odeia aqueles malditos óculos... 3D.




Mega Mind da Dreamworks. Depois do excelente "Como treinar o seu dragão" e o decepcionante "Shrek 4" a Dreamworks lança seu terceiro filme de 2010, voltando com a idéia de fazer de heróis, vilões e vice-versa que deu tão certo nos primeiros Shreks, junto com uma jornada de redenção.
Basicamente uma paródia da história do Super-homem, que conta com um vilão, Mega Mind (voz de Will Farwell ) finalmente derrotando o seu arqui-rival Metro-Man (Brad Pitt) e se encontranto em um vazio existencial. Vazio que tenta consertar criando outro super-herói que rapidamente se mostra um vilão bem pior do que MegaMind jamais foi.

Beleza, a Dreamworks tem aquela sina de sempre ser comparada com a Pixar, que é um fardo que é bem pesado, mas seus últimos filmes, exceto o Shrek, tem sido muito bom e talvez MegaMind mostre mais que piadas pop culturais que tanto gosta de fazer.



Sim eu sei, nem o título muito menos a poster ajudar a passar a menssagem, mas esse filme é sobre a mais nova princesa da Disney: Rapunzel. Sim, a dos cabelos longos.
Eu tenho excelentes coisas a dizer sobre o ultimo filme de princesas da Disney: "A Princesa e o Sapo" feita com a maestria do 2D, mas aparentemente o filme não foi tão bem quanto a Disney queria e ai temos o Tangled (tradução meia boca: Enrolados), uma mudança na apresentação.
Antes de mais nada, Rapunzel cede o espaço para Flynn Ryder, um ladrão boa pinta que serve como o personagem para atrair garotos ao filme também (principal causa que a Disney aponta para o fracasso do filme do sapo) e o longa ganhou muito mais ação e aventura que os filmes de princesas costuma apresentar. Uma história de princesas para garotos, já que as garotas aparentemente estão mais interessadas em vampiros anêmicos ultimanente
Eu tô meio em dúvida quanto a esse filme. Os trailers me pareceram bons, mas eu já fui enganado antes. E eu não consigo lembrar nenhum 3D feito pela Disney (leia-se, não da Pixar) que eu tenha relamente curtido (ou lembrado). Mas quem sabe né?

Os dois estão para sair em novembro nos EUA, e no Brasil Megamind sai em Dezembro enquanto Tangled só em Janeiro ano que vêm, esperançosamente, com boas dublagens...

Sites oficiais:
Megamind e Tangled

sábado, 30 de outubro de 2010

We are the sex bob-omb!!! One, two, three, four!!!!



English:



Scott Pilgrim Contra o Mundo (Scott Pilgrim VS the World, 2010, EUA)



Direção: Edgar Wright

Estrelando: Michael Cera, Alison Pill, Mark Webber, Johnny Simmons, Ellen Wong, Kieran Culkin, Anna Kendrick, Aubrey Plaza, Mary Elizabeth Winstead, Satya Bhabha, Chris Evans, Brie Larson, Mae Whitman, Brandon Routh, Jason Schwartzman, Keita Saitou, Shota Saito

Sabem qual a diferença entre um filme baseado nos quadrinhos do Homem-Aranha e Batman do que um filme baseados em uma única graphic novel (Watcman por exemplo)? O tratamento do material. Enquanto para os filmes de heróis com mais de meio século de vida, o longa é apenas mais uma versão da história, dando liberdades para os roteristas, os filmes baseados em Novel tem o desafio de adaptar e manter os elementos que fizeram da fonte um sucesso. Dai os escritores e diretores tem duas escolhas, ou tratam o livro como um código sagrado, se desviando o mínimo possível, como Zack Snyder em Watchman (exceto, é claro, pelo final) ou partem para a sua própria interpretação do material, como Edgar Wright corajosamente fez em Scott Pilgrim Contra o Mundo.

Scott Pilgrim, criado pelo quadrinista indie canadense Brian Lee O'Malley, pode ser considerado a graphic novel independente mais bem sucedida da década. A história foca-se no jovem de 23 anos, Scott Pilgrim, e a sua vidinha de tocar em uma banda meia bomba (er, vejam o filme, vão sacar a piada) enquanto vadia e dorme até tarde. Ele tem uma namoradinha chinesa de mentirinha e não tem qualquer preocupação. É quando conhece a misteriosa Ramona Flowers, uma entregadora americana ninja. Eventualmente Scott e Ramona engatam um namoro e é ai que as coisas ficam interessantes. Aparentemente Scott tem que enfrentar e derrotar 7 ex-namorados malignos se ele quer ficar com a beldade de cabelos coloridos. E como isso é feito? Como se Scott vivesse em um videogame.

Eu preciso estressar como isso é genial. Scott Pilgrim é a obra para aqueles que cresceram jogando Mario, Sonic e todos os clássicos da geração 8-bits (quando não existia memory cards… seus viadinhos). E sim, eu sou um produto dessa geração, e eu adoro os livros, não tem como. Scott, bem como todos em seu universo, tem poderes, ganham power-ups e usam warp doors (joguem Mario Bros, vão entender), e Scott, em especial, tem 7 boss-battles para conquistar o seu objetivo, que é a princ… er, Ramona Flowers. Então, se você passou a infância anotando passwords e soprando cartuchos, vai gostar de Scott Pilgrim.

Mas voltando ao filme. Como eu disse, o diretor teve que adaptar uma série de livros com mais de 1000 páginas no total, em um longa metragem de 2 horas. Tarefa difícil, mas Edgar Wright não é qualquer diretor, e sim o homem que fez duas das melhores paródias dos últimos anos (senão da década): Todo Mundo Quase Morto (Shaun of the Dead) e Chumbo Grosso (Hot Fuss), e conseguiu, em boa parte do filme, recriar a Toronto de Scott Pilgrim, mas ainda assim sofreu com a compressão do material.

Estrelando temos Michael Cera, famoso por interpretar adolescentes introvertidos (Super Bad), ele não acerta bem a marca de Pilgrim, mas ainda assim é competente o bastante comandar a ação frenética do filme. Mary Elizabeth Winstead dá um banho na pele da misteriosa Ramona, provando que está no caminho para se tornar uma atriz do primeiro time, e sai do longa com uma bela reputação. O resto do elenco de apoio fazem um trabalho exemplar a ponto que a principal falha do filme é não ter espaço para eles. Uma pena, pois os personagens secundários da série são fenomenais (Kim Pine, eu te amo!!).

Mesmo que os atores sejam bons, e pareçam que saíram diretamente das páginas de O'Malley, ainda temos o problema da conversão, lembram? E como Wright resolveu isso? com caos, uma deliciosa confusão entre as lutas contra os Ex-namorados malignos cheia de efeitos, espadas flamejantes e onomatopéias, resultando em uma luta final extraordinária. E o melhor de tudo, a relação de Scott e Ramona não foi esquecida, os dois tiveram que entrar em termos com seus problemas e infantilidade, para cresceram, se desenvolveram até chegar no estagio final.
Scott Pilgrim, com toda a música indie e referências a videogames ( como efeitos sonoros importados diretamente deles), tem mais a dizer sobre romance e relacionamentos que a maioria das comédias românticas que infestam a indústria cinematográfica (ugh…).

Mas como dito antes, Scott Pilgrim Contra o Mundo não sai ileso. É louvável o trabalho do diretor, mas não dá para disfarçar que o segundo terço do filme é uma correria afobada, prejudicando o encerramento, personagens importantes para a história ganham muito pouco tempo de cena (como a ex-namorada de Scott), e não ganham a profundidade que o enredo pede, tornando o filme instável em qualidade.

Em um mundo ideal, a saga do canadense de 23 anos mais famoso do mundo deveria ser contada em pelo menos dois filmes…. Mas em um mundo ideal Scott Pilgrim deveria ter uma bilheteria muito maior que teve, muito maior que a porcaria do "Os Mercenários"

Mas sim, sim, sim!!! Scott Pilgrim é um filmão, seja você fã dos quadrinhos ou não. É uma obra inovadora na arte de fazer filmes, tanto no storytelling quando na filmagem, e no final das contas tem algo a dizer, tem significado, tem carisma, enfim, é uma obra viva, pulsante que não deixa você se distrair um minuto segure, mesmo porque se você se distrair, pode perder mais um ataque de um ex-namorado do mal!

Nota: 8,0

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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Ah ok, Transformers Dark Of the Moon

Saiu um vídeo de preview do próximo filme da série mega-blockbuster Transformers, Trarnsformers: Dark of the Moon. Sim, como o mané do Shia LaBeouf e dirigido por Michael Bay, o babaca com ADD que não consegue manter o foco de uma câmera!!

Eis o vídeo:


Deixo aqui as minhas desculpas pela canastrice dos apresentadores....


Ok, beleza, dar porrada no filmes dos Transoformers é fácil. Qualquer mané que saiba pelo menos o que são planos e storytelling em filmes, pode fazer um tratado falando mal do Michael Bay. Mas vamos tentar ver as coisas boas...



Ok ela é gostosa... muito... pra caramba.

Rosie Huntington-Whiteley, modelo da Victoria Secret que foi descoberta por Bay enquanto ele olhava o catálogo, foi ai que ele pensou "uau, ela deve ter um talento nato para atuação"
Só pode ter sido isso, porque ela NUNCA ATUOU ANTES!!! E ela vai protagonizar a coisa!!!!

Trocar um rostinho bonito (Megan Fox, we will miss you!) por outro não é melhor!! E só isso, só essa decisão de fazer um grande filme com uma gostosa que não tem experiência já nos diz o que vamos receber desse filme, e não importa o que o Shia fala no vídeo que teremos mais "história", vamos receber uma maldita pirotecnia e caras do exército americano atirando e agitando bandeiras.

E os transformers serão coadjuvantes, denovo, pela terceira vez.

Cara, eu adoro Transformers, mas sentar por 2 horas e meia denovo para ganhar uma piada sobre testículos de robôs como foi no 2, eu não vou suportar...

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Dark Knight Rises!



Uh-hu!!! Christofer Nolan pode estar ocupado com filmes sobr sonhos e Super-homens, mas sem dúvida ele não esqueceu a origem do nosso amor por ele... Batman. É fácil amar uma pessoa que ama Batman, afinal, que não ama o Batman...

Se não perceberam, eu amo o Batman.

Bom o nome do próximo filme é Dark Knight Rises ("A ascenção do Cavaleiro da trevas" ou coisa assim)

E também deu uma dica de qual vilão NÃO aparecerá no proxímo filme, um cara que gosta disso: ?

Vejam a notícia original aqui

sábado, 23 de outubro de 2010

Osso duro de roer!!



English:



Resenha:

Tropa de Elite 2 (2010, Brasil)

Direção: José Padilha.

Estrelando: Wagner Moura ,Irandhir Santos, André Ramiro, Milhem Cortaz, André Mattos, Maria Ribeiro, Tainá Müller

Ok, antes de mais nada, quem consegue lembrar de pelo menos três bordões do Capitão Nascimento no primeiro filme "Tropa de Elite", de 2007? Não é difícil né? Afinal todo mundo citava eles, e em qualquer situação, principalmente o cara "engraçado" da sua turma, que praticamente só se comunicava através dos bordões.

Lembram? ótimo, vocês e 5 milhões de pessoas, que foram ao cinema assistir a continuação "Tropa de Elite 2: O inimigo agora é outro". Bilheteria que faz do filme o mais bem sucedido da história do cinema nacional e afirma o personagem Roberto Nascimento, interpretado por Wagner Moura, o mais próximo que temos a um herói nacional (leia-se, que o povo reconhece como).

Tropa de Elite 2 é uma seqüência que tenta com todas as forças sair da mesma fórmula do primeiro filme. Enquanto a violência e corrupção da polícia militar continuam presentes, a corporação do BOPE e os dramas pessoais do capitão dão espaço para um bicho papão, chamado o "Sistema", palavra repetida a exaustão durante as monólogos do coronel Nascimento.

No primeiro filme, "Sistema" era a palavra usada para descrever a burocracia e maracutáias dentro da polícia militar do Rio de Janeiro. Neste, "Sistema" refere-se a toda a corrupção dentro do governo do estado, polícia militar, tráfico, milícias e até grupos de extermínio. Sim, José Padilha muda o foco de "bandido bom é bandido morto" para "todo político é bandido", duas máximas que o brasileiro adota, e que são o grande atrativo do filme.

O primeiro filme exercita essa junção da ideologia de violência e tolerância zero com a "vagabundagem" com a história de uma policial com medo de morrer antes de ver o filho nascer e um jovem negro que bate de frente com a hipocrisia da classe média brasileira. O resultado final temos a representação do Batalhão de Operações Especiais como uma super polícia e um forte personagem que chega a manipular o luto por um amigo assassinato para seus fins.

Já Tropa de Elite 2 não consegue fazer o mesmo, ou melhor, não o quer. A idéia de aumentar o inimigo, e leva-lo para as esferas políticas, faz com que o longa ganhe um tom denuncista, passando a maior parte das duas horas de duração explicando como funciona o "sistema", como funciona as tramóias e esquemas, o tráfico de drogas e influência, e é claro, muitos tiros e mortes.

Enquanto Padilha excita a platéia a odiar aqueles engravatados gordos, egoístas, mesquinhos e hipócritas (vocês sabem, o político padrão brasileiro) , junto com caricaturas de apresentadores de tv em um tipo de alívio cômico fora do lugar, o diretor esquece de levar adiante o desenvolvimento dos personagens. Tropa de Elite 2 ainda é um filme, é uma história, e para levar uma história, você precisa de um personagem que ande com ela. Nascimento desta vez fica de escanteio até perto do final do filme.

Claro, existe alguns dramas pessoais, como o Nascimento buscando uma reconcilhação com seu filho, mas eles acabam ficando obscurecidos pelo "sistema" e a trama só consegue se recuperar nos 20 minutos finais. O que é uma pena, pois o filme conta com elenco mas do que capaz de apresentar atuações excelentes, sem contar que é um pecado Matias (André Ramiro) não ganhar o tempo merecido para atuar. Wagner Moura andando com o corpo pesado e voz abatida nos momentos finais, mostram que o Coronel Nascimento poderia ser muito mais do que o cara que falava bordões em 2007.

Ainda assim, o filme é facilmente um dos melhores do ano. Possui uma direção competente, boas atuações, subaproveitadas, mas boas, e embora falar mal de político é a coisa mais fácil no Brasil, os roteristas conseguem dar uma cara e forma ao "inimigo", mesmo que amontoada de clichês (como deputados que só se preocupam com eleições). Certamente um filme que tenta seguir um caminho diferente do primeiro, e acerta tanto quanto erra por essa decisão

Nota: 8,5

Para saber como vai a tirinha da próxima semana, dêem um pulo do meu twitter

Introdução

olá pessoal, bem vindos ao Tira Filmes. Este blog tem como objetivo parodiar os filmes mais recentes na boa e velha arte sequencial (quadrinhos), junto com uma resenha do filme. Por hora apenas os quadrinhos terão uma versão em inglês, já que reescrever a resenha em outro idioma levaria muito mais tempo que tenho disponível para me dedicar a este projeto.

o Tira Filmes é um projeto que comecei quando fui ilustrador do Jronal Diário Catarinense e as minhas primeiras tiras foram feitas para o blog com o mesno nome para o clic RBS.

Primariamente, vou tentar manter as atualizações no blog diáriamente com notícias sobre filmes e previews, mas novos quadrinhos e resenhas só aos sábados.

Todos estão convidados a dar suas opiniões sobre as resenhas e sugestões de filmes.

Obrigado e espero que gostem das tiras!