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sábado, 18 de dezembro de 2010

Fechem as cortinas e fujam de Skyline!!!



English:



Skyline: a invasão (Skyline, EUA 2010)
Direção: Greg e Colin Strause
Estrelando: Eric Balfour, Scottie Thompson, Donald Faison, David Zayas



Desde que o ser humano aprendeu a observar o espaço de perto e descobriu que havia a possibilidade de vida fora do nosso quintal terráqueo, vieram também as fantasias sobres esses seres extraterrenos, e como seria o nosso contato com eles.

E esse contado, segundo a maioria dos escritores de ficção científica, não é nada agradável. De homenzinhos verdes até aterrorizantes máquinas trípedes gigantescas, equipadas com armas desintegradoras, a maioria deles vem com propósito de extermino / conquista. Geralmente procuram os recursos naturais deste minúsculo planeta. Mas em "Skyline" os seus aliens fazem algo que não faziam desde os anos 50: coletar nossos cérebros.

E é com esses caras que o casal Jarrod (Blafour) e Elaine (Thompson) se encontram. Ao visitar o amigo Terry (Faison) em Los Angeles e após uma noite de festa e revelações irrelevantes a história, eles acordam ao som dos gritos da assistente de Terry (uma atriz ruim a beça que eu não vou me incomodar a procurar o nome dela), pois um dos seus amigos desapareceu após um clarão azul. Não demora muito para eles perceberem que a cidade está infestada de criaturas gigantescas a procura da baterias cerebrais.

E é isso. Só isso. Após o "Independence Day" de 1996, no qual a computação gráfica conseguiu finalmente mostrar todo a escala da devastação de uma invasão global, o gênero da ficção científica procurou nos efeitos especiais a grande atração dos seus filmes. E por um tempo funcionou, mas 14 anos depois que vimos aquela espaço-nave destruir a Casa Branca, um filme que o único ponto positivo são os efeitos especiais não pode ser mais ser levado em consideração.

E ai está o grande pecado de Skyline. Sem dúvida os aliens nas suas mais diversas formas e tamanhos são interessantes, mas com um script que beira o estúpido, atores medianos (a maioria criados na TV) e personagens sem qualquer tipo de personalidade e desenvolvimento, não há mais nada o que se fazer além de olhar monstros matando humanos.

Os irmãos Strause, diretores que ganharam uma fama nada desejável depois Aliens Vs Predadores 2, tentam pela segunda vez em Skyline, desta vez de forma independente, ou seja, com pouca grana. E já que a produção não tem recursos para mostrar uma guerra interplanetária em escala global, o interessante seria mostrar o ponto de vista de pessoas normais nessa nova e extraordinária situação, correto? Sinais com Mel Gibson pode ter os aliens mais retardados da nossa ficção, mas o filme foi focado na família fragilizada pela morte da mãe e a recuperação da fé durante um ataque alienígena, que garantiu ao enredo um tema bem mais interessante que os ETs em si.

Mas claro que esse tipo de desenvolvimento ficaria no caminho de mostrar os aliens, e ai o filme fica preso ao mostrar os personagens enjaulados em um apartamento, com as cortinas fechadas rezando para o bicho papão das luzes azuis não pegarem eles. Eu não posso descrever o quão chato e insosso é o desenvolvimento desse filme e como eu consegui ficar profundamente irritado pela idiotice dos personagens… e olha que em um longa desse tipo eu perdôo MUITA coisa, mas não dá para perdoar uma história que não conta… bem, uma história.

Ugh… olha, no momento que eu escrevo essa resenha esse filme já sai de cartaz aqui na minha cidade, mas se no cinema de vocês esse filme ainda está passando, evitem, é perda de dinheiro. Vejam qualquer outra coisa, e quando sair no DVD, se você precisar MESMO ver aqueles aliens, alugue, só.

Nota: 4,0

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